Os escândalos no atletismo repetem-se. As russas Mariya Savinova-Farnosova e Ekaterina Poistogova, medalhadas nos Jogos Olímpicos de Londres, em
Os escândalos no atletismo repetem-se. As russas Mariya Savinova-Farnosova e Ekaterina Poistogova, medalhadas nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, estão envolvidas no escândalo de doping e devem perder as medalhas. Fazendo a norte-americana Alysia Montaño subir ao pódio. A atleta admite estar entusiasmada mas refere que todos sabiam o que se passava e diz que esta medalha não terá o mesmo “sabor”:
“Não é possível darem-me a minha celebração no pódio. Nem devolver-me a celebração com a minha família. Não podem devolver-me o momento em que vi a minha bandeira ser hasteada, estar ali orgulhosa de representar o meu país. Ninguém me pode devolver isso. No final das contas foi um roubo”, explica Montaño.
Tatyana Lebedeva é vice-presidente da federação russa de atletismo. O país que está no centro deste escândalo mas, para ela, esta situação não afeta apenas a Rússia:
“A ideia de proibir os atletas foi uma surpresa, mas a maior surpresa é que seja unilateral, que afete apenas a Rússia, apesar dos escândalos continuarem e por todo o mundo. No Quénia, em África, na Europa, Este é um problema partilhado e que devemos resolver juntos”, diz Lebedeva.
A Agência Mundial de Antidopagem pediu a suspensão da Federação Russa de Atletismo, por práticas de doping. A Interpol anunciou a abertura de uma investigação à escala mundial. Um desafio também para os patrocinadores:
“Os Jogos Olímpicos sobreviveram a boicotes mas estamos no mundo moderno e as pessoas querem ver todos os atletas de alto nível e os principais países a competirem”, adianta Nigel Currie, consultor de patrocínios.