Desde segunda-feira, foi lançada uma operação de segurança turca contra insurgentes curdos. O primeiro-ministro turco fala em "limpeza" e diz que as operações vão continuar.
24 rebeldes curdos foram mortos nos últimos dois dias no sudeste da Turquia, em operações das forças de segurança nacional, segundo a agência noticiosa estatal Anadolu.
A insurgência de 30 anos do PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, antes centrada em zonas rurais, reacendeu-se em malha urbana com o fim do cessar-fogo, lançando o sudeste turco, maioritariamente curdo, num conflito aberto.
“Eu acho estas políticas erróneas. A pressão sobre o povo curdo tornou-se insuportável. Por que é que não podemos partilhar? Já chega, queremos paz”, diz uma testemunha não identificada por razões de segurança.
Fontes pró curdas anunciaram a morte de uma criança de 11 anos durante os ataques, mas esta informação não foi confirmada por fontes independentes.
As cidades de Cizre e Silopi, perto das fronteiras da Síria e do Iraque, têm recolher obrigatório desde segunda-feira, quando a Turquia lançou operações anti-PKK que envolvem, segundo fontes oficiais, dez mil polícias e tropas.
Ao mesmo tempo que os jornais nacionais falam em limpeza total face aos insurgentes do PKK, citando o primeiro-ministro Ahmet Davoglu, foi pedido pelo governo aos civis que se afastem da área por razões de segurança, uma vez que as operações vão continuar.
O PKK foi designado como grupo terrorista pela Turquia, Estados Unidos e União Europeia.