O país foi varrido por uma greve geral e uma manifestação, que degenerou em confrontos, contra o plano de reforma da segurança social.
Na Grécia, o governo de Alexis Tsipras vive mais dias conturbados, com o país paralisado por uma greve geral em protesto contra a reforma da segurança social imposta pelos credores.
Os protestos que acompanharam a greve degeneraram em confrontos com a polícia, que usou gás lacrimogéneo. 50 mil pessoas marcharam até junto do parlamento, em Atenas.
Além do aumento da idade da reforma, o plano prevê também um aumento das contribuições: “Há 35 anos que estou a pagar à segurança social. Não sei se vou ter uma pensão, mas agora pedem-me para pagar três vezes aquilo que pagava”, conta um homem. “Este protesto é uma mensagem contra um novo plano de resgate, contra a reforma da segurança social e contra tudo o que está a destruir o nosso país”, diz outro manifestante.
Esta é a segunda greve geral desde que o Syriza chegou ao poder no início do ano passado, com a promessa de acabar com a austeridade. Para muitos, estas políticas são uma capitulação perante os credores e uma traição ao eleitorado.
“Esta é a maior manifestação desde que o Syriza chegou ao poder, no ano passado. Foi uma ocasião de ver os colarinhos brancos e colarinhos azuis juntos contra a perspetiva de mais austeridade, que pode assumir a forma de um aumento das contribuições à segurança social, menores pensões e menores salários”, conta o correspondente da euronews em Atenas, Stamatis Giannisis.
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syndicalisms) February 4, 2016