As Nações Unidas receberam com otimismo a notícia do acordo de cessar-fogo na Síria estabelecido entre a Rússia, que apoia o atual regime sírio, e os
As Nações Unidas receberam com otimismo a notícia do acordo de cessar-fogo na Síria estabelecido entre a Rússia, que apoia o atual regime sírio, e os Estados Unidos, que apoiam a oposição e o afastamento do Presidente Bashar al-Assad.
O líder da Comissão Independente da ONU para a Síria, o tailandês Vitit Muntarbhorn, tem esperança que os “todos os três elementos [inerentes ao acordo] sejam bem implementados, tendo em mente que, para a ONU, o acesso humanitário a áreas sitiadas, e também a libertação daqueles que estão detidos de forma arbitrária, como mulheres e crianças, é incondicional”. “Estes elementos não estão à condição. Deve ser implementado de imediato o acesso às áreas sitiadas e a libertação de mulheres, crianças e idosos”, reforçou o responsável da ONU.
#UNSG welcomes #Syria cessation of hostilities pact as 'signal of hope’; condemns bombings https://t.co/uLoM8Vvqt5pic.twitter.com/3V2jnWYBcE
— UN News Centre (@UN_News_Centre) 22 fevereiro 2016
Em comunicado, também o Secretário-geral da ONU enalteceu o acordo. Ban Ki-Moon espera ver o cessar-fogo respeitado e que represente “um passo em frente para a implementação da resolução 2254, de 2015, que deu à ONU um papel de destaque em juntar as partes opostas para negociar uma transição política, propondo um prazo para um cessar-fogo, uma nova Constituição e eleições.”
Na Turquia, o anúncio de tréguas na vizinha Síria foi recebido igualmente com otimismo. Ancara espera agora que sobretudo a Rússia pare com os bombardeamentos. “Esperamos que este cessar-fogo seja para continuar. Que ninguém tente prosseguir com os raides aéreos e a matar inocentes enquanto o cessar-fogo se mantiver. Esperamos que todos os grupos na Síria, incluindo a oposição moderada, participem na reconstrução do país no final destas negociações que se deverão manter por mais seis meses”, afirmou Numan Kurtulmuş, vice-primeiro-ministro turco.
#BREAKING Turkey welcomes Syria ceasefire, wants to see end to Russia
— Al Arabiya English (@AlArabiya_Eng) 22 fevereiro 2016
bombardments that kill civilians, says deputy PM
A Síria vive em conflito há cinco anos, inflamado, em boa parte, pela agressiva ascensão de grupos terroristas. As operações antiterroristas no país não estão incluídas no acordo de cessar-fogo, o que deverá permitir que os raides aéreos se mantenham sobre determinados alvos quando considerados posições de grupos reconhecidos como terroristas, por exemplo, afetos à Frente al-Nusra ou ao “Daesh”, o grupo Estado Islâmico.