Idomeni: Refugiados condenam ataques em Bruxelas

Idomeni: Refugiados condenam ataques em Bruxelas
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De  Nara Madeira
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Enquanto o ministro grego da Imigração admite que muitas crianças, que estão bloqueadas em Idomeni, poderão encontrar aqui a morte, a curto-prazo

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Enquanto o ministro grego da Imigração admite que muitas crianças, que estão bloqueadas em Idomeni, poderão encontrar aqui a morte, a curto-prazo, estas e os adultos reagem aos atentados de Bruxelas.

A #refugee boy holds up placard reading “Sorry for Brussels” near #Idomeni REUTERS/Grulovic</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/brusselsattack?src=hash">#brusselsattack</a> <a href="https://t.co/V21BcdedFY">pic.twitter.com/V21BcdedFY</a></p>&mdash; Reuters Paris Pix (ReutersParisPix) 22 de março de 2016

Talvez por consciência de que a sua situação pode agravar-se, levar ao encerramento de mais fronteiras. Cada ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico aumenta a cólera por todo o mundo, principalmente na Europa:

“Lamento muito e todas as pessoas que estão aqui, e sabem o que aconteceu, também lamentam o que aconteceu em Bruxelas. Nós fugimos da Síria e do Iraque pelos mesmos motivos. Deixámos os nossos países, a nossa terra Natal pelas mesmas razões, por causa do grupo Estado Islâmico, por causa dos bombistas suicidas, por isso penso que partilhamos o mesmo destino”, diz um refugiados.

“Claro que não concordamos que se mate outra pessoa. Somos refugiados vivemos uma crise humanitária. As nossas casas foram destruídas, não tínhamos comida, nem água, havia projéteis a voar sobre nós, todos os dias, o que podemos fazer?” – Pergunta outro.

O medo de represálias é mais do que um simples pensamento. Com os últimos atentados em Paris, o choque instala-se por toda a Europa. E nada será como dantes. A dúvida torna-se certeza: “eles” têm a capacidade para atacar, violentamente, em qualquer lugar, a qualquer momento… e Hollande reagiu:

“A segunda decisão que tomei é a do encerramento das fronteiras. Temos de garantir que ninguém entra para cometer seja que ato for”, afirmou, na altura, o chefe de Estado francês.

Uma decisão que ganha força quando se descobre, através do passaporte de um dos bombistas-suicidas de Paris, que era sírio e tinha entrado no país no meio da vaga de refugiados, em Leros.

Para evitar os terroristas, que podem esconder-se entre os refugiados, alguns países europeus começam a precaver-se. A Polónia anuncia, de imediato, que vai deixar de acolher refugiados e começam a erguer-se cercas de arame farpado um pouco por toda a Europa de Leste.

Em Idomeni a miséria alastra e nada parece ajudar estes homens, mulheres e crianças que, pelo menos na sua maioria, fugiram à procura de um futuro melhor mas continuam a ser perseguidos pela guerra:

“O que aconteceu na Bélgica é muito mau para nós, especialmente para nós… Talvez passem a ter mais medo de nós, talvez tornem as coisas mais difíceis para as pessoas que estão aqui, estas pessoas não têm nada a perder, não podem regressar”, desabafa uma refugiada síria.

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