O pesar e a insegurança sentidos por alguns habitantes de Munique

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De  Nara Madeira
O pesar e a insegurança sentidos por alguns habitantes de Munique

Continuam a ser muitas as pessoas que prestam homenagem às vítimas em Munique, na Alemanha.

Como em França, em Nice ou Paris, cada cidadão deixa o seu contributo, participa nas vigílias, mostra o seu pesar, como pode, perto do local onde ocorreu a tragédia.

Se para uns é apenas uma questão de solidariedade:

“Estou aqui pelas pessoas que morreram, pelas que poderão estar ainda no hospital. Porque qualquer pessoa, qualquer um de nós, podia ter estado aqui na sexta-feira”, refere Korina Kiriyak, residente de Munique.

Outros começam a questionar-se sobre o significado de ações como esta e as repercussões que elas têm nas suas vidas:

“Sinto-me diferente. Sinto-me estranha e não me sinto segura. Pelo menos não o suficiente. Para mim é um sentimento estranho, é um novo sentimento, porque, em geral, Munique é uma cidade segura, muito segura”, desabafa Eva Andreeva, outra habitante da cidade.

As autoridades locais continuam a por o assento tónico na segurança. A cidade é segura. O que aconteceu foi pontual, não um atentado terrorista. A vida tem de continuar ainda que um pequeno festival local tenha sido anulado não por questões de segurança mas por respeito para com as vítimas.

Em memória das vítimas foi rezada, este domingo, uma missa.