O governo italiano nomeou um comissário extraordinário para supervisionar a reconstrução da região do centro do país devastada pelo sismo que fez perto de 300 mortos a 24 de…
O governo italiano nomeou um comissário extraordinário para supervisionar a reconstrução da região do centro do país devastada pelo sismo que fez perto de 300 mortos a 24 de agosto.
Em paralelo, a Justiça tenta compreender por que razão um grande número de edifícios públicos e privados ruiram e se existem eventuais responsáveis.
Gabriele Ponzoni, secretário-geral da Federação Europeia de Geólogos, disse à euronews que “houve um problema estrutural ligado aos edifícios, nalguns casos muito velhos. Outra razão é que se trata de uma área bastante vulnerável, com uma grande exposição ao risco. É preciso realizar uma análise detalhada do solo, fazer um mapa geológico detalhado e analizar as zonas sísmicas”.
Itália tenta aprender com os erros do passado, nomeadamente com o escândalo de subornos associado à reconstrução depois do sismo de Aquila em 2009, tendo escolhido agora para vigiar o processo o ex-presidente da região de Emilia Romagna, com experiência comprovada na matéria.
Questionado sobre a falta de prevenção, Ponzoni diz que se perde “a memória histórica do passado e do que pode voltar a acontecer. E há também um problema político: os políticos só olham para as próximas eleições e um plano caro e de largo prazo não dá resultados imediatos”.
Desde o sismo do dia 24, a região continua a sentir regularmente réplicas: 3400 em oito dias. Uma das prioridades do governo é realojar cerca de 4000 pessoas, que estão provisoriamente abrigadas em tendas.