Os jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico reivindicaram a autoria do atentado desta sexta-feira na cidade turca de Diarbaquir, que deixou nove mortos e cerca de 100 feridos.
Com Reuters
Os jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico (EI) ou Daesh, (pela sigla em língua árabe), reivindicaram a responsabilidade do atentado desta sexta-feira na cidade turca de Diarbaquir, que deixou nove mortos e pelo menos 100 feridos.
É a primeira vez que os militantes do Daesh falam em responsabilidade por um ataque cometido em solo turco.
O atentado teve lugar dias depois de ter sido divulgada uma gravação em que Abu Bakr al-Baghdadi, o líder do Daesh, pediria supostamente aos militantes jihadistas que atacassem a Turquia e a Arábia Saudita.
Apesar de referida pelo exército dos Estados Unidos como um sinal de que o Daesh está a perder o controlo da situação no terreno, a veracidade da gravação não foi confirmada pela Euronews.
A informação sobre o ataque de sexta-feira foi transmitida inicialmente pelo canal de comunicação que o Daesh define como a sua agência de notícias oficial, a Amaq.
Diarbaquir fica situada no sudeste da Turquia e é uma das cidades mais importantes das zonas onde os curdos são maioria.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, acusou militantes da minoria curda da responsabilidade do atentado, cometido com um carro armadilhado.
Segundo Yildirim, um militante do PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, teria também morrido no atentado.
O ataque ocorreu horas depois da detenção dos dois dirigentes do Partido Democrático dos Povos ou HDP, secularista, de esquerda e pró-curdo.
Vários membros do HDP foram também detidos.
O Governo turco diz que as ordens de detenção se relacionam com uma investigação ligada a atividades terroristas e que vários membros do HDP se recusaram anteriormente a prestar depoimento.