Donald Trump critica a NATO e a política migratória de Angela Merkel, saúda o Brexit e estende a mão à Rússia

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De  Maria Barradas
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A cinco dias da cerimónia oficial da tomada de posse, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, estendeu a mão à Rússia com uma proposta concreta: acabar com as sanções impostas a Moscovo

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A cinco dias da cerimónia oficial da tomada de posse, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, estendeu a mão à Rússia com uma proposta concreta: acabar com as sanções impostas a Moscovo pela anexação da Crimeia em troca da redução das armas nucleares. Entre elas, as duas super-potências têm cerca de 3000 ogivas nucleares estrategicamente colocadas.

A proposta foi avançada durante uma entrevista conjunta dos jornais britânico e alemão, The Times e Bild, onde Trump aproveitou também para criticar a NATO: “Já disse há muito tempo que a NATO tem problemas: primeiro: está obsoleta porque foi concebida há muitos anos; segundo: os países não estão a pagar o que era suposto pagarem”.

Donald Trump também não poupou críticas à política de imigração de Angela Merkel, ainda que tenha manifestado respeito pela liderança europeia da chanceler alemã. Trump declarou que, em vez de acolher centenas de milhar de refugiados, a Alemanha deveria trabalhar para estabelecer zonas de exclusão aérea na Síria para proteger a população e falou assim de Merkel: “Tenho um grande respeito por ela. Sinto que ela é uma grande líder. Penso que cometeu um erro catastrófico que foi ter acolhido todos estes ilegais, todas estas pessoas de onde quer que venham. Pessoas que ninguém sabe verdadeiramente de onde vêm, mas vocês vão descobrir!”

Donald Trump está convencido que o Brexit será um sucesso e prevê que outros países vão seguir o exemplo do Reino Unido e perguntar aos cidadãos se querem sair da União Europeia. Ao longo da campanha eleitoral, Trump utilizou sempre o Brexit como um exemplo de esperança para os eleitores desencantados com o sistema.

“Penso que o Brexit vai acabar por se tornar numa coisa muito boa. Eu tinha previsto isso, mas a dimensão que atingiu foi inacreditável. E eu disse que isto foi porque as pessoas não querem ter pessoas de fora a destruir-lhes o país. Penso que o Reino Unido foi muito inteligente ao sair”, afirmou.

Trump sem papas na língua como é seu hábito. A partir de sexta-feira, será preciso passar das palavras aos atos.

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