EUA: O mundo de Trump sem gays nem CO2 no novo site da Casa Branca

EUA: O mundo de Trump sem gays nem CO2 no novo site da Casa Branca
De  Euronews
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A nova página da Internet da Casa Branca parece refletir, ao mesmo tempo, todos os receios e todas as promessas mais radicais da era Trump.

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A nova página da Internet da Casa Branca parece refletir, ao mesmo tempo, todos os receios e todas as promessas mais radicais da era Trump.

Desde a publicação do novo “site”, após a tomada de posse do novo presidente, na sexta-feira, que as redes sociais multiplicam as denúncias e revelações, depois de uma leitura atenta dos textos das novas secções.

A página, que integra o programa de Donald Trump para os próximos 100 dias, assim como a agenda e comunicações do novo chefe de Estado, suprimiu todos os capítulos referentes a temas como o aquecimento global ou aos direitos da comunidade gay e lésbica, introduzidos por Barack Obama.

O “menu” indigesto de Trump

Vários utilizadores nas redes sociais não hesitaram em sublinhar a ruptura entre as duas administrações, ao comparar o menu das prioridades dos dois chefes de Estado, na página oficial da presidência dos EUA.

Left: The "Top Issues" as listed on Obama's WH website

Right: The "Top Issues" as listed on Trump's WH website#AmericaFirst#Winningpic.twitter.com/2bj2J2bjH2

— Vigilant Veteran™ (@VigilantVeteran) January 21, 2017

O novo presidente, que assume o seu ceticismo quanto ao tema do aquecimento global, excluiu igualmente todos os artigos referentes a esta questão, defendendo apenas o fim da atual política ambiental de Obama no capítulo dedicado ao “Plano Energético América Primeiro”, onde avança mesmo com medidas para promover um plano dedicado ao “carvão verde”.

A imigração, um dos pontos do programa do anterior presidente e um dos temas de campanha do seu sucessor, surge referida apenas na secção dedicada ao “reforço da atuação das forças da ordem”.

Trump ‘no habla español’

A nova página da Internet excluiu igualmente a versão espanhola, quando o castelhano é a segunda língua mais falada no país. Um gesto que inflamou a revolta da comunidade latina, depois de Trump ter feito da imigração proveniente do México e da construção de um muro com o país vizinho, dois dos principais cavalos de batalha da sua campanha.

Biografia de Melania com referências publicitárias

Na sexta-feira, as redes sociais tinham igualmente obrigado os administradores do “site” a reescrever o texto do perfil da nova primeira-dama. Em causa, uma referência à marca de relógios e jóias lançada por Melania Trump, criticada como publicidade encoberta. A biografia, entretanto corrigida, referia que, “em abril de 2010, Melania Trump lançou a sua própria coleção de jóias – Melania Timepieces & Jewlery”.

Mas entre as mensagens e imagens críticas contra Trump que circulam nos últimos dias nas redes sociais nem todas provêm de particulares.

A conta twitter do Serviço de Parques Nacionais dos EUA publicou na sexta-feira as fotos das tomadas de posse de Obama e Trump, para mostrar a diferença entre o número de espetadores presentes na sexta-feira em Washington e aquele que assistiu à investidura de Obama em 2009.

A página foi obrigada a apresentar desculpas, “pelo erro”, no sábado, depois de ter sido proibida de publicar novas mensagens pela nova administração.

We regret the mistaken RTs from our account yesterday and look forward to continuing to share the beauty and history of our parks with you pic.twitter.com/mctNNvlrmv

— NationalParkService (@NatlParkService) January 21, 2017

Obama na gaveta

Relógios e jóias à parte, as modificações na nova página do presidente dos EUA estão longe de ser uma surpresa, uma vez que correspondem às prioridades da equipa de Donald Trump.

A transição na presidência relegou o antigo site da administração Obama para os arquivos – na morada ObamaWhiteHouse.gov – desde o meio dia de sexta-feira.

1/11/2017- The Transfer #PresidentBarackObama#Trumphttps://t.co/PfsCqqAjcBpic.twitter.com/ETjGtlowml

— Clay Bennett (@BennettCartoons) January 11, 2017

O cartoon de Clay Bennett retrata um presidente alegadamente mais mais preocupado com as redes sociais do que com o país, sobretudo quando o novo chefe de Estado prossegue as acusações contra os media norte-americanos, acusados, por ele, de propagarem “notícias falsas”.

Para confirmar a verdade sobre o novo site da Casa Branca.

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