"Sem mortos não há prémio": Os crimes da guerra contra a droga nas Filipinas

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A Amnistia Internacional (AI) denuncia possíveis crimes contra humanidade por parte do governo e da polícia das Filipinas, na guerra contra o tráfico de droga no…

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A Amnistia Internacional (AI) denuncia possíveis crimes contra humanidade por parte do governo e da polícia das Filipinas, na guerra contra o tráfico de droga no país.

Num relatório apresentado esta quarta-feira, a organização detalha 59 execuções sumárias e extra-judiciais por parte das forças da ordem.

Um sistema, segundo a AI, promovido diretamente pelo novo presidente do país, Rodrigo Duterte.

“Um oficial da polícia disse-nos que existe um prémio por cada toxicodependente abatido, e que será de entre 150 a 270 euros por pessoa morta durante uma rusga. E disse-nos que, se não há mortos, ninguém recebe este prémio”, afirma Wilnor Papa, o responsável da AI nas Filipinas.

Rodrigo Duterte tinha subido ao poder no ano passado, sob a promessa de erradicar o tráfico de droga no país, confessando, ao mesmo tempo, a vontade de “massacrar três milhões de toxicodependentes”.

O presidente rejeitou, no entanto as acusações da Amnistia, afirmando que os inquéritos levados a cabo pelo parlamento descartam o apoio do governo a ações ilegais.

Desde a tomada de posse do novo chefe de Estado, em junho, que, a polícia reconheceu ter abatido mais de 2.500 suspeitos.

As autoridades continuam, no entanto, sem explicar as circunstâncias da morte de outras 4 mil pessoas.

As operações anti-droga encontram-se suspensas desde segunda-feira no país, após o rapto e assassínio, no domingo, de um empresário sul-coreano, às mãos de elementos da polícia.

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