China apela aos EUA que parem de ouvir os seus telefonemas

China apela aos EUA que parem de ouvir os seus telefonemas
De  Nara Madeira

Depois de mais uma polémica lançada pelo Wikileaks, que denuncia as técnicas da CIA para piratear equipamentos informáticos e de comunicações, Pequim apelou aos Estados Unidos para que “parem de ouvir

Depois de mais uma polémica lançada pelo Wikileaks, que denuncia as técnicas da CIA para piratear equipamentos informáticos e de comunicações, Pequim apelou aos Estados Unidos para que “parem de ouvir telefonemas, espiar e lançar ciberataques contra a China”.

Trata-se, apenas, da primeira parte de uma nova série de documentos confidenciais, que a organização pretende divulgar e que confirmam o que alguns já sabiam:

“Os profissionais da segurança sabem, há muito tempo, que este é um problema. Algumas peças de software e outras de hardware foram criticadas porque, por exemplo, os microfones podem estar sempre ligados. Nós precisamos tomar consciência de que as informações que são gravadas com um objetivo podem, muito facilmente, ser redirecionadas para outros”, explica o Professor Clifford Neuman, Diretor do Centro de Segurança dos Sistemas Informáticos, da Universidade do Sul da Califórnia.

Já a CIA acusa o Wikileaks de ajudar os adversários dos EUA. Para a Casa Branca os responsáveis pela divulgação dos documentos serão punidos:

“Penso que o presidente já tinha falado sobre esta questão, qualquer pessoa que divulgue informações secretas sofrerá as consequências previstas pela lei. Iremos atrás das pessoas que divulgam informações classificadas. Vamos processá-las em toda a extensão da lei. Isso é brincar com a Segurança Nacional do nosso país e não é algo que deva ser tomado de ânimo leve nesta administração”, afirmou o porta-voz da Casa Branca Sean Spicer.

Os novos documentos mostram ainda como a agência norte-americana consegue captar mensagens escritas em plataformas como o WhatsApp e o Sina Weibo, o Twitter chinês, e culpa outros países pelas suas operações de espionagem digital.

A CIA terá também tentado usar ‘smart TV’ como sistemas de vigilância, improvisados, alegadamente com a colaboração do serviço de informações britânico MI5.

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