Kuala Lumpur confirma que homem assassinado no aeroporto é Kim Jong Nam

Kuala Lumpur confirma que homem assassinado no aeroporto é Kim Jong Nam
De  Antonio Oliveira E Silva com REUTERS E AFP
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Autoridades malaias dizem ter analisado amostra da ADN de um dos filhos do meio-irmão do líder da Coreia do Norte.

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Com Reuters e AFP

As autoridades malaias confirmaram que o homem assassinado no aeroporto internacional de Kuala Lumpur é o do meio-irmão do atual líder ca Coreia do Norte, Kim Jong Un.

Kim Jong Nam, de 45 anos, foi morto na Malásia no passado dia 13 de fevereiro. Segundo a polícia local, Nam foi atacado com gás nervoso, agente VX, enquanto aguardava um voo para Macau.

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul acusaram a Coreia do Norte de ter orquestrado o assassinato de Jong Nam, que se tinha afastado da família e da elite governativa norte-coreana.

(2nd LD) Malaysia confirms Kim Jong-nam’s identity with child’s DNA sample: report https://t.co/ODnRo8hJGs

— Yonhap News Agency (@YonhapNews) 15 March 2017

Uma acusação negada por Pyongyang. O Governo norte-coreano chegou a dizer que Kim Jong Nam teria morrido depois de uma “crise cardíaca.” Na altura em que foi atacado, Jong Nam levava consigo um passaporte com o nome de Kim Chol.

As autoridades malaias afirmam ter feito testes de ADN ao corpo, mas não explicaram, no entanto, como conseguiram obter uma amostra do ADN de um dos filhos de Kim Jong Nam.

Vida em Macau

Kim Jong Nam vivia na Região Administrativa Especial chinesa de Macau com a segunda mulher. Contava com a proteção do Governo de Pequim, que permitia que vivesse em exílio em território chinês.

A viúva e os filhos do meio-irmão do presidente da Coreia do Norte estão em local incerto.

Temem que o filho de Jong Nam, Kim Han Sol, agora com 21 anos, possa ser alvo de um ataque por parte de Pyongyang.

Poucos dias depois do assassinato de Nam, surgiu na internet um estranho vídeo de com um jovem, identificado como sendo o seu filho.

Nos 40 segundos de imagens, em parte censuradas, o jovem diz chamar-se Kim Han-sol, que o “pai tinha sido morto morto há alguns dias” e depois de mostrar o que aparentava ser um passaporte diplomático da Coreia do Norte, disse estar “em companhia da mãe” e da irmã”.

Nam tinha falado publicamente, em diversas ocasiões, contra a família presidencial norte-coreana, o que fez com que fosse afastado do círculo próximo do meio-irmão Kim Jong Hun.

O crime deu origem a uma série de tensões entre a Malásia e a Coreia do Norte, países que mantinham, até ao momento, uma relação relativamente cordial.

O Governo da Malásia recusou-se a entregar o corpo de Jong Nam às autoridades da Coreia do Norte e acabou por expulsar o embaixador norte-coreano em Kuala Lumpur, depois deste ter criticado a investigação.

Posteriormente, a Coreia do Norte impediu vários diplomatas malaios e respetivas famílias de entrarem no país.

Investigações e duas suspeitas detidas

Siti Aishah, de 25 anos e Doan Thi Huong, de 21, são as únicas detidas relacionadas com o ataque ocorrido no aeroporto malaio. Confessaram o ataque, mas disseram pensar que participavam numa partida, parte de um programa de televisão.

A jovem indonésia afirmou ter recebido cerca de 85 euros para participar “no jogo.”

A polícia malaia procura ainda outros sete suspeitos, todos de nacionalidade norte-coreana.

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As autoridades pensam que quatro deixaram a Malásia no dia do crime e que três estariam escondidos na embaixada da Coreia do Norte em Kuala Lumpur.

Os três suspeitos que estariam na embaixada, diz a AFP, poderiam ser uma funcionária das linhas aéreas norte-coreanas e um funcionário da embaixada, protegido pelo estatuto de diplomata.

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