Bloqueio ao Qatar provoca corrida aos supermercados

Bloqueio ao Qatar provoca corrida aos supermercados
De  Francisco Marques
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Perspetiva de escassez de bens de consumo após isolamento imposto pela Arábia Saudita leva residentes da península a reforçar abastecimento das despensas.

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O bloqueio imposto ao Qatar por seis “vizinhos” árabes está a gerar preocupação nos residentes desta pequena península árabe.

A corrida aos supermercados inclusive já começou perante a perspetiva de escassez de bens de consumo após a Arábia Saudita, único país com fronteira terrestre com o Qatar, ter liderado um bloqueio regional ao pequeno emirado soberano devido a um alegado apoio a grupos extremistas como a Irmandade Muçulmana, o grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico ou a Al Qaeda.

O bloqueio inclui o corte de relações diplomáticas, a suspensão de ligações aéreas e o apelo ao isolamento do Qatar.

Qatar’s foreign minister says Kuwait is trying to mediate and solve a diplomatic crisis, jongambrellap</a> writes. <a href="https://t.co/50jzn5D9eF">https://t.co/50jzn5D9eF</a></p>— The Associated Press (AP) 6 de junho de 2017

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar revelou a intervenção do Kuwait para tentar mediar e resolver a crise diplomática, pedindo, num primeiro momento, para o emir, o xeque Tamin bin Hamad Al-Thani, adiar o discurso ao país sobre a crise regional — a mais grave na região desde a guerra do Golfo, em 1991.

Através do ministro dos Negócios Estrangeiros, Portugal qualificou como “perturbadora” a decisão de Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Egito, Iémen e Líbia (a que se juntou ainda as Maldivas) de cortarem relações de forma unilateral com o governo de Doha.

“Haver cortes de relação entre países é sempre um elemento perturbador”, disse Augusto Santos Silva, acrescentando ser necessário uma “boa concertação política e diplomática entre todos, e não de perturbação”.

Para o chefe da diplomacia portuguesa, “este caso é ainda mais perturbador porque ocorre poucos dias depois de uma reunião de todos os países do Golfo com a nova administração norte-americana”.

Desse encontro “parecia ter saído uma mensagem de unidade e de envolvimento de todos no combate ao terrorismo”, disse o ministro português.

A cinco anos do Mundial de futebol no Qatar, também a FIFA está a acompanhar de perto o agravar da situação, mas para já sem tomar qualquer posição sobre o tema. Em comunicado, o organismo que superintende o futebol mundial apenas disse que se mantém em contacto permanente com a organização do Mundial Qatar2022.

FIFA ‘in contact’ with Qatar over 2022 World Cup https://t.co/yAlGeqs3wApic.twitter.com/guBG6JBNBS

— Reuters Top News (@Reuters) 5 de junho de 2017

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