Presidente Nicolás Maduro foi o primeiro a votar pela paz, mas deputados da oposição denunciam alegados assassinatos nas últimas horas de manifestantes antigoverno.
O Presidente Nicolás Maduro foi o primeiro a exercer o direito de voto este domingo na Venezuela, onde o povo foi chamado às urnas para escolher uma controversa Assembleia Nacional Consituinte (ANC). O sufrágio é defendido pelo chefe de Estado e de Governo, mas tem a forte resistência da coligação Mesa da Unidade Democrática, principal força da oposição.
As urnas abriram às 06:00 horas da manhã (11:00 horas, em Lisboa) e têm previsto o encerramento pelas 18:00 horas (23:00, em Lisboa).
De forma simbólica, Nicolás Maduro abriu o sufrágio: “Quis ser o primeiro a dar o voto para a paz, a soberania e a independência da Venezuela”, explicou o Presidente, sublinhando: “Hoje é um dia histórico.”
O chefe de Governo enalteceu ainda a resistência perante a oposição, inclusive do estrangeiro, contra a eleição da ANC. “Estoicamente, aguentámos a campanha mundial. Estoicamente, aguentámos a violência terrorista e criminosa e aqui estamos, um país em paz”, considerou.
A presidente do Conselho Eleitoral, Tibisay Lucena, estimava ainda pela manhã uma participação média a rondar os 80 por cento a nível nacional e garantiu que o sufrágio estava a decorrer com tranquilidade apesar de alguns relatos em contrário.
Deputados da oposição denunciaram o alegado assassinato nas últimas horas de pelo menos três pessoas na sequência de protestos contra as eleições. Pelo Twitter, Henry Ramos Allup, deputado e líder da Acção Democrática (AD) acusou: “o regime assassinou a tiro Ricardo Campos, secretário da juventude da AD, esta madrugada.”
Régimen asesinó disparo comp.RICARDO CAMPOS Secretario Juvenil Seccional AD esta madrugada protesta calle Bolívar Cumaná esquina su hogar.
— Henry Ramos Allup (@hramosallup) 30 de julho de 2017
A denúncia de outros dois alegados assassinatos partiu de Carlos Paparoni, deputado pelo partido Primeiro justiça: “Marcel Pereira e Iraldo Gutiérrez são as vítimas mortais deixadas pelos coletivos de Nicolás Maduro e do governador Alexis Ramírez em Mérida. Assassinos!”
Marcel Pereira e Iraldo Gutiérrez son las víctimas fallecidas que dejan los colectivos de
— Carlos Paparoni (@CarlosPaparoni) 30 de julho de 2017NicolasMaduro</a> y <a href="https://twitter.com/GobAlexisR">
GobAlexisR en #Mérida. ASESINOS!
Paparoni tem vindo ainda a partilhar diversas imagens sobre a alegada conduta violenta das autoridades contra os manifestantes anti-Maduro, denunciou o suposto bloqueio dos militares ao trabalho de jornalistas nas zonas onde decorrem protestos e intervenções policiais, e garante haver muitos centros de votação vazios no Estado de Vargas.
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NicolasMaduro</a> eres violencia, violador de DDHH, mandas a asesinar y a agredir con la GNB - recuerda que siempre hay alguien viendo <a href="https://t.co/giJZFGdIjQ">pic.twitter.com/giJZFGdIjQ</a></p>— Carlos Paparoni (
CarlosPaparoni) 30 de julho de 2017
#MIRANDAGNB dispara bombas lacrimógenas en la Autopista a la altura de Santa Fe. #VzlaREPUDIAFraudeConstituyentepic.twitter.com/bme0dK8HBc
— Carlos Paparoni (@CarlosPaparoni) 30 de julho de 2017
A las 9:40am los centros de votación en Vargas están vacíos! Los Guaireños rechazamos el fraude constituyente! #ConstituyenteFracasoEvidentepic.twitter.com/9gQaYFBBMN
— Jose Manuel Olivares (@joseolivaresm) 30 de julho de 2017