A Catalunha procura aliados na Europa para fazer frente a Madrid, mas não vai poder contar com o apoio das instituições europeias
O apoio das instituições europeias. É o que pede o responsável das relações exteriores do executivo catalão na contagem decrescente para o referendo sobre a independência na Catalunha. Em Bruxelas, Raul Romeva alertou para a importância da consulta popular agendada para domingo e para a pressão exercida por Madrid.
“Não é a logística que está em causa. Não se trata do material nas assembleias de voto, mas da credibilidade democrática. O problema não se prende com o facto de as pessoas irem ou não votar porque é evidente que vão votar. As pessoas pedem para votar e estão determinadas a exercer esse direito. A questão é como, porquê e quais as consequências associadas ao que o Governo espanhol está a fazer para impedir que isso aconteça” refere Raul Romeva, responsável das relações exteriores do executivo catalão.As instituições europeias recusam compactuar com o que chamam de “ilegalidade.”
“É claro que Espanha tem um conjunto de regras e uma Constituição. E, de acordo, com a Constituição este referendo é ilegal, não respeita as regras da Carta Magna. Por isso, faz mais sentido não realizar este referendo nestas condições e voltar à mesa das negociações, do que avançar unilateralmente e realizar uma consulta que sabemos à partido ser ilegal” afirma Esther de Lange do Parlamento Europeu.
Ilegal ou não, as autoridades catalãs estão decididas a avançar o referendo sobre a independência da Catalunha.
Ana Lazaro, euronews: “O referendo catalão não conta com o apoio de Bruxelas. A Europa prepara-se para assistir a um ato de desobediência civil, este domingo, no coração de um dos Estados membros.”