Num comunicado emitido em Damasco, as Nações Unidas sublinharam a falta de cumprimento dos acordos de ajuda humanitária existentes e listaram exaustivamente necessidades prementes para uma população de civis que chega quase aos 7 anos de guerra.
O conflito na Síria deve parar pelo menos um mês para que seja possível intervir com ajuda humanitária junto de centenas de milhares de civis necessitados de assistência.
O apelo foi feito pelas Nações Unidas num comunicado emitido em Damasco que declarava uma crise humanitária em várias partes do país às quais o acesso está vedado.
Distribuição de ajuda humanitária e de serviços, retirada de feridos críticos e alívio do sofrimento da população, na extensão do possível, foram as tarefas prioritárias enumeradas pelo porta-voz do Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da organização, Jens Laerke, num país onde a guerra de quase 7 anos já matou mais de 300 mil e deslocou milhões:
“Há centenas de milhares de pessoas que estão internamente deslocadas, em fuga, extremamente vulneráveis e na mira de ataques e de bombardeamentos. O que é demais é demais: agora precisamos de uma pausa humanitária, porque para fazer o nosso trabalho, precisamos de condições para o fazer."
O regime sírio e as forças aliadas levam a cabo operações militares contra rebeldes e jihadistas em várias frentes, incluindo a província noroeste de Idlib e arredores de Damasco.
As Nações Unidas sublinharam ainda a falta de cumprimento dos acordos existentes e também que, se o acesso for garantido, ao ritmo de 3 comboios humanitários por semana, mais de 700 mil pessoas seriam beneficiadas em dois meses.
Organizações assistencialistas prevêem o agravar da crise humanitária na Síria, com um milhão e meio de pessoas deslocadas em 2018.