António Costa defende mais Europa

Mais Europa. O primeiro-ministro português, António Costa, esteve em Estrasburgo para defender o reforço da coesão europeia através do que diz ser a conclusão da união económica e monetária, que inclui o aumento das contribuições, e sugeriu mesmo a mesmo a criação de um ministro das Finanças europeu. Com a aura de ser um dos principais responsáveis pela recuperação económica portuguesa, depois de uma grave crise, o chefe de governo foi recebido pelo presidente do parlamento europeu, António Tajani, antes de discursar o hemiciclo.
Costa dá a fórmula para corrigir vários problemas. “Não podemos atribuir mais responsabilidades à Europa sem aumentarmos as nossas contribuições e os seus recursos próprios (...) Enquanto a união económica e monetária estiver incompleta, serão maiores os riscos de novas crises. É necessário um aumento das contribuições de todos os Estados-Membros", sublinhou.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker reagiu ao afirmar "saudo a vontade afirmada e reafirmada do primeiro-ministro português de aumentar a contribuição portuguesa para o orçamento europeu".
Guy Verhofstadt, deputado europeu belga, declarou que "precisamos de uma reforma europeia que renove a democracia europeia, precisamos, por exemplo, de um parlamento europeu que não fique apenas responsável pelos gastos mas também pelas receitas", declarou.
António Costa afirma que existe urgência nas reformas da União e sublinhou que, ao mesmo tempo que faz parte de uma grande família europeia, "cada Estado membro deve ter a liberdade de tomar as suas próprias decisões dentro de regras comuns".