Cimeira da UE: segundo dia dedicado à China

O Reino Unido tem duas datas para resolver o impasse do Brexit (12 de abril ou 22 de maio) e o primeiro-ministro de Portugal considerou que é uma proposta razoável para os dois lados. O Reino Unido ganha alguns dias para evitar um Brexit sem acordo mas, por outro lado, não se cria um caos para as eleições europeias, que decorrem de 23 a 26 de maio.
"Com a decisão que foi tomada, creio que respondemos positivamente àquilo que era necessário responder", disse António Costa, acrescentando que "o Conselho Europeu reafirmou com toda a clareza que não está disponível para reabrir negociações sobre Acordo de Saída" e que "não há plano B: ou é aprovado, ou é rejeitado".
António Costa teve, ainda, oportunidade de pedir mais apoio financeiro para Moçambique, na sequência do ciclone devastador, e recebeu o compromisso da Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, Federica Mogherini, de que vai haver um forte demonstração de solidariedade europeia.
Cimeira UE-China a 9 de abril
A agenda de sexta-feira vai ser, sobretudo, dedicada às relações com a China, porque haverá uma cimeira da UE (ao nível dos líderes das instituições europeias) com esse país a 9 de abril, em Bruxelas, com a presença do presidente chinês, Xi Jinping.
Os europeus querem melhor cooperação económica, contando com a China para reformar a Organização Mundial do Comércio.
Mas a União quer, também, o compromisso do governo de Pequim de que está disposto a adotar práticas mais justas ao nível do respeito pela propriedade intelectual, pelo meio-ambiente, pelos direitos dos trabalhadores, e que não distorcerá os mercados com ajudas estatais à indústria.
A União Europeia gostaria de ter um novo Acordo de Investimento assinado em 2020. No início deste ano, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que seria uma boa ocasião para reunir os líderes dos 27 países (sem Reino Unido, supostamente) com o líder chinês, durante a presidência alemã da União Europeia (segundo semestre desse ano).
Nos últimos anos, as cimeiras têm sido apenas com os presidentes do Conselho Europeu, Donald Tusk, e da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em representação dos Estados-membros.