Oposição confirma conquista do poder em Istambul

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Com uma economia e as finanças da Turquia em apuros, há quem veja este ser o início da erosão do AKP, no poder da maior cidade do país há 25 anos.

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À segunda foi de vez, o partido do Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan foi afastado da câmara de Istambul depois de um quarto de século no poder naquela que é a maior cidade do país. Num escrutínio repetido por causa de alegadas irregularidades denunciadas pelo AKP de Erdogan, face a uma derrota por 13 mil votos no escrutínio de março, o partido republicano popular, CHP, de Ekrem Imamoglu não deixou margem para duvidas ao vencer desta vez com mais de 800 mil votos.

No discurso da vitória, o candidato Ekrem Imamoglu apelou à união.

Há quem diga ser o ponto de viragem no domínio político dos conservadores pro-islâmicos no país.

"Vai haver democracia em Istambul - unidade e fraternidade. Tudo vai ser grande e todos vão ver isso. Os apoiantes do AKP também vão ver isso e acreditar em Imamoglu", diz uma apoiante. 

O antigo primeiro-ministro de Erdogan, Binali Yildirim, candidato derrotado, concedeu a vitória ao adversário e explicou que o resultado demonstra que existe democracia na Turquia.

O homem forte do país, Erdogan, nas rédeas do poder desde 2003, e ele próprio antigo presidente da câmara de Istambul, também assumiu, no Twitter, a derrota o seu partido. Com apenas 45% contra 54% dos votos do vencedor, Erdogan e o AKP perderam apoio nalguns feudos islâmico conservadores de Istambul. Os militantes do partido estão dececionados mas não culpam o seu líder.

"Estamos muito aborrecidos por causa do resultado eleitoral. Claro que a principal razão foi o facto das instituições do AKP não terem funcionado", diz um homem.

Com uma economia e as finanças da Turquia em apuros, há quem veja este ser o início da erosão do AKP, no poder há vários anos, com uma governação conhecida por controversos momentos, não só políticos, mas também sociais, como o Estado de emergência decretado após a tentativa de golpe de 2016, que originou a suspensão de direitos civis e constitucionais dos cidadãos e importantes purgas em diversos setores da sociedade.

O Presidente tem ainda muito tempo para inverter tendências. As eleições nacionais estão agendadas para dentro de quatro anos.

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