NATO prepara-se para uma crise de mísseis com a Rússia

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A Duma votou a saída da Rússia do Tratado sobre as Forças Nucleares de Alcance Intermédio e a NATO prepara-se para a crise de mísseis que se adivinha.

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No início da reunião dos ministros da Defesa da NATO, Jens Stoltenberg falou sobre os mísseis russos que violam o Tratado sobre Forças Nucleares de Alcance Intermédio (TFNAI).

"O destacamento dos mísseis russos SSC-8, é uma questão muito séria, porque estes mísseis são capazes de transportar ogivas nucleares. Podem atingir cidades europeias em alguns minutos", afirmou.

Os mísseis em questão podem atingir entre 500 e 5.500 quilómetros e podem transportar ogivas nucleares. Em jeito de sátira, o embaixador russo na UE, Valdimir Chizhov, sugeriu que os EUA deixem também o tratado e instalem os seus próprios mísseis alcance intermédio na Europa. "Há vozes em Washington que dizem que não têm intenção de colocar mais mísseis desta classe na Europa. Tanto quanto sabemos, continuam a fabricar novos mísseis. Se não é para a Europa, é para onde? Para os Estados Unidos? Bom, se eles vão lutar com o México ou - Deus nos livre -, com a Venezuela... "

Brooks Tigner da Jane's Defence Weekly antecipa o que pode ser a resposta da NATO à próxima crise dos mísseis: "Vejo duas ou três opções que a NATO pode tomar. Uma delas seria ficar sob o actual proteção nuclear dos EUA - que tem um custo porque significa manter armas nucleares no mar ou no ar - como aconteceu durante a guerra fria. - Se Trump vai aceitar, não sei -. Outra: os europeus podem assumir os mísseis no ar. Não podem colocá-los no chão porque sabemos que isso reavivaria todos os protestos e debates violentos que vimos nos anos 80 na Europa. E o terceiro seria construir uma defesa antimísseis com armamento convencional".

O jornalista da Euronews, Andrei Beketov revela: "Uma fonte aqui na sede disse-nos que - para não exacerbar a tensão - a NATO vai esperar até 2 de agosto, o dia em que os russos eventualmente deixam o tratado para anunciar as medidas de resposta. Estas medidas serão muito caras. Por isso, no início da reunião ministerial foi anunciado que os aliados europeus e o Canadá vão aumentar o orçamento da defesa em 3,9% este ano.

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