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A pequena maioria de apoio a Ursula von der Leyen

A pequena maioria de apoio a Ursula von der Leyen
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A nova Presidente da Comissão Europeia foi eleita com apenas nove votos acima dos 50% e terá de voltar a ser escrutinada pelos eurodeputados para nova equipa de comissários antes de novembro

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Foi com uma curta diferença de 56 votos, e apenas nove acima do mínimo necessário, que se confirmou no Parlamento Europeu (PE) a eleição mais renhida na história da Presidência da Comissão Europeia desde que os eurodeputados receberam, em 2008, no Tratado de Lisboa, o poder de rejeitar as nomeações indicadas pelos líderes europeus.

A conservadora alemã Ursula von der Leyen, de 60 anos, teve votos contra do grupo político europeu Verdes e de diversos eurodeputados socialistas e liberais, dois grupos que haviam manifestado de forma geral o apoio à indicação do Conselho Europeu.

A até aqui ministra da Defesa germânica garantiu a eleição com uma curta maioria de apenas nove votos e, para alguns eurodeputados entrevistados pela Euronews, a confirmação foi uma surpresa, mas agora há que esperar que a sucessora do luxemburguês Jean-Claude Juncker cumpra os vários compromissos eleitorais anunciados.

"Estou um pouco surpreendida porque a maioria (que a apoia) não é assim tão grande. Temos de sublinhar que esta presidência começa de uma forma um pouco estranha. De qualquer forma, ela conseguiu e é a nova presidente. Pessoalmente, estou muito feliz por isso", afirmou Tiziana Beghin, eurodeputada italiana eleita pelo Movimento 5 Estrelas, partido sem agrupamento político europeu.

"Não sei se ela vai conseguir cumprir as propostas mais concretas. Vai depender muito também do Parlamento Europeu e da coligação pró Europeia que vai apoiar a agenda política dela", considerou democrata cristão Andrius Kubilius, eurodeputado pela Lituânia afeto ao Partido Popular Europeu (PPE).

"Quando olho para o que temos de fazer, é difícil escolher. Não é que não consiga escolher exclusivamente por mim, mas penso que vamos ter muitas coisas interessantes para fazer com substância", perspetivou a liberal Margrethe Vestager, a cessante Comissária Europeia para a Concorrência.

A dinamarquesa afeta à coligação Renovação Europa (antiga ALDE) era candidata ao lugar agora conquistado por Ursula von der Leyen.

"Este voto não foi grátis. Debatemos este apoio várias vezes com ela. Fizemos-lhe ver algumas condições e vamos estar muito atentos à implementação desses objetivos", avisou Dacian Ciolos, eurodeputado pela Roménia e atual líder do Renovar Europa.

"Ursula von der Leyen não pode ter o parlamento como garantido. Temos grandes expectativas e esperamos ações, não apenas palavras. Penso que ela agora percebe isso", disse-nos Katalin Cseh, eurodeputada pela Hungria afeta ao Renovar Europa.

A nova Presidente da Comissão Europeia tem agora pela frente um intenso verão, a analisar e a escolher os nomes da equipa de comissários para a equipa que pretende liderar nos próximos cinco anos.

A seleção de Ursula von der Leyen terá de passar também pelo escrutínio do PE, onde a nova líder europeia precisa de continuar a trabalhar na recolha de apoios entre os diversos eurodeputados para garantir a aprovação da desejada equipa antes de assumir funções a 01 de novembro, um dia após a atual data fixada para o "Brexit", a aparente interminável "novela" da vida real europeia.

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