Jo Johnson afirma sentir-se dividido e entre "leadade familiar e interesse nacional"
Nova baixa de peso no partido conservador britânico. Depois da liderança ter expulso 21 membros do partido esta semana, desta feita foi o irmão mais novo do primeiro-ministro que apresentou a demissão.
Jo Johnson, que ocupava o cargo de secretário de estado para o comércio, justificou a decisão devido ao conflito entre "lealdade familiar e o interesse nacional".
Jo Johnson é o 23º membro dos Conservadores a abandonar o lugar esta semana.
Entre deserções e expulsões a saída de Jo Johnson não constitui surpresa. O antigo deputado por várias vezes defendeu a permanência do Reino Unido na União Europeia e apelou à realização de um segundo referendo.
Entre as perdas de peso conta-se o neto de Winston Churchill, Nicholas Soames, que agora assumiu o cargo de deputado independente. No discurso de despedida, Nicholas Soames, disse já não reconhecer o partido que serviu durante quase quatro décadas.
"Sr. presidente da assembleia, não vou participar nas próximas eleições e assim termino 37 nos de serviço nesta casa que servi com muito orgulho e honra. Estou muito triste por acabar desta maneira", afirmou o ex-deputado conservador Nicholas Soames no discurso de despedida.
Para os apoiantes de Boris Johnson, a purga interna justifica-se pela visão de um Brexit que defendem custe o que custar.
"Há dois dias que os rebeldes sabiam que se tratava de um voto de confiança. Algumas destas pessoas são amigos de longa data. Quero que o Boris fale com eles, mesmo nesta fase tardia, para ver o que se pode fazer para que eles participem na próxima eleição", afirmou Nigel Evans, aliado do primeiro-ministro.
A purga ordenada por Boris Johnson deixa a descoberto as enormes tensões e fraturas internas no seio do partido conservador britânico que