Família Bolsonaro: Do ataque à democracia à arma num hospital

Família Bolsonaro: Do ataque à democracia à arma num hospital
De  Ana Serapicos
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Carlos Bolsonaro questionou a democracia no Brasil, o que acabou por causar polémica. Eduardo Bolsonaro saiu em defesa do irmão, depois de lidar com as críticas de levar uma arma para o hospital onde o pai, Jair bolsonaro, está internado

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Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do presidente do Brasil, decidiu questionar, no twitter, a eficácia da democracia.

Na declaração lê-se: "Por vias democráticas, a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos."

A declaração não caiu da melhor forma. Carlos Bolsonaro, um dos maiores responsáveis pela comunicação das redes sociais do governo brasileiro, e também dos maiores protagonistas da comunicação da campanha presidencial do pai, viu a palavra "ditador" associada ao que tinha dito e chegou a "brincar" com a situação. "Agora virei ditador?", escreveu.

Algumas horas mais tarde, Carlos Bolsonaro regressou ao Twitter e culpou a imprensa do mal entendido. "Aos jornalistas que espalham: Carlos Bolsonaro defende ditadura: CANALHAS!"

Os insultos continuaram numa outra publicação, e, enquanto isso, Eduardo Bolsonaro, deputado e filho mais novo do presidente, partiu em defesa do irmão, citando Churchill.

"O que Carlos Bolsonaro disse não tem nada de mais", disse Eduardo, em defesa do irmão.

"Não tem nada de mais", mas o assunto acabou por marcar o dia. Hamilton Mourão, vice-presidente do Brasil, foi perguntado pelos jornalistas se considerava a democracia essencial num governo.

"Claro, senão não tinhamos sido eleitos!", respondeu o vice-presidente. Continuando. "(...) a democracia é um 'pilar da civilização ocidental.'"

Um governo em desacato, enquanto o presidente do país recupera da cirurgia número quatro ao abdómen, consequência da alegada facada da campanha presidencial. Os filhos de Jair Bolsonaro publicaram nas redes sociais que a operação tinha corrido bem e que o pai está a recuperar.

Segundo os médicos, apesar de mais demorada do que o previsto, o presidente brasileiro não apresenta nem febre nem dores. Como a alta médica só deve acontecer na próxima semana, o vice-presidente Hamilton Mourão assume a presidência oficialmente. Bolsonaro já deverá estar apto para participar na Assembleia Geral da ONU, a qual acontece dia 24 de setembro.

A polémica da arma de Eduardo Bolsonaro

A imagem - partilhada pelo prório filho, Eduardo Bolsonaro - gerou controvérsia sobretudo pela arma que levou para a visita, dentro de um hospital.

A arma de Eduardo Bolsonaro não é algo novo. Antes da carreira política, o filho mais novo de Jair Bolsonaro era escrivão da polícia federal. Já foi fotografado com a arma em manifestações e até mesmo no Congresso Nacional.

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