Cientistas da NASA contrariam Jair Bolsonaro

O fumo negro no "pulmão do planeta" vê-se do espaço. As manchas de fumo foram captadas em imagens da NASA. Os incêndios na Amazónia provocaram uma troca de acusações amarga entre o governo brasileiro e os críticos internacionais - que dizem que Jair Bolsonaro não está a fazer o suficiente para conter a desflorestação. Jair Bolsonaro desvalorizou a situação dizendo que é altura de "queimadas" na zona, mas os cientistas da NASA contrariam esta versão.
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e representa cerca de 25% do território da América do Sul. Com aproximadamente cinco milhões e meio de quilómetros quadrados inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e também da Guiana Francesa.
O número de incêndios no Brasil aumentou 84% até ao dia 20 de agosto deste ano, em comparação com 2018.
Nas imagens da NASA, podem ver-se os estados como o de Mato Grosso e o do Pará - estados com o maior número de focos de incêndio registados. Uma bruma negra também chegou à cidade de São Paulo - resultado do encontro de uma frente fria com o fumo dos incêndios na Amazónia.
Ainda segundo a observação da NASA várias pilhas de madeira fruto do desmatamento - há vários meses - estão a ser incendiadas. No início de agosto, foi decretado o estado emergência no sul do Amazonas e em Manaus devido às consequências negativas da desflorestação e das queimadas ilegais.
Jair Bolsonaro chegou a acusar Organizações Não Governamentais de incendiarem a Amazónia, devido aos cortes de fundos por parte do governo, mas não apresentou provas. Nesta troca de culpas entre Bolsonaro e os críticos é a Amazónia que fica a arder.