Suspensão ilegal do parlamento, obriga primeiro-ministro britânico a regressar mais cedo ao Reino Unido.
Boris Johnson volta, esta quarta-feira, a Londres para enfrentar os deputados britânicos, depois de o Supremo Tribunal ter considerado a suspensão do parlamento ilegal.
O primeiro-ministro teve de partir mais cedo de Nova Iorque, onde participava na Assembleia-Geral das Nações Unidas. Em casa. esperam-no parlamentares a pedir a demissão do governo e um Brexit, ainda sem acordo, para levar a cabo em pouco mais de um mês.
Ao lado de um sorridente Donald Trump, Johnson mostrou-se conformado com a decisão da mais alta instância judicial do país.
"Temos todo o respeito pelos juízes do nosso Supremo Tribunal, mas vamos seguir em frente, vamos respeitar o que o tribunal disse, mas vamos concretizar o Brexit. Acho que é isso que o povo britânico quer", afirmou.
Uma moção de censura pode não ser a primeira opção dos Trabalhistas, mas a oposição quer garantias de que o Reino Unido não sai da União Europeia sem um acordo.
Para o deputado Stephen Kinnock, na oposição ao governo, "ele devia pedir desculpa ao povo britânico, à rainha, devia voltar no primeiro avião de Nova Iorque, ir ao Parlamento e fazer uma declaração sobre o que vai acontecer a seguir".
Boris Johnson, que admitia uma saída da União Europeia sem acordo, nem aval dos deputados, descartou sempre a hipótese de uma extensão do prazo para o Brexit. Em Westminster, para já, o impasse não tem fim à vista.