Anúncio foi feito pela presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, na sequência de revelações de alegadas pressões de Trump sobre a Ucrânia para investigar filho de Joe Biden
Os democratas, que controlam a Câmara dos Representantes, lançaram "um inquérito oficial com vista a um processo de destituição" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O anúncio foi feito por Nancy Pelosi, na sequência das revelações feitas por um membro dos serviços secretos de que Trump teria, alegadamente, pedido ao homólogo ucraniano para investigar atividades do filho de Joe Biden, um dos principais rivais na corrida presidencial de 2020.
A líder da Câmara dos Representantes disse que Trump "admitiu ter pedido ao presidente da Ucrânia para tomar ações que o iriam beneficiar politicamente. As ações de Trump [...] revelaram o fato desonroso de que o presidente traiu o juramento prestado, a segurança nacional e a integridade do processo eleitoral".
O presidente norte-americano prometeu publicar uma transcrição da conversa telefónica com Volodymyr Zelenskiy e reconheceu ter falado sobre Joe Biden e o filho Hunter, mas negou qualquer pressão sobre a Ucrânia, nomeadamente a ameaça de reter 400 milhões de dólares em ajudas ao país.
Trump afirmou que "foi um telefonema perfeito, que não podia ter sido mais cordial. O próprio governo ucraniano declarou que foi um telefonema perfeito. Não lhes foi imposta qualquer pressão".
Biden afirmou que apoiará o processo de destituição, se o presidente não colaborar plenamente com a investigação do Congresso.
O ex-vice-presidente democrata disse que Trump "deve parar de bloquear tanto esta investigação, como todas as outras acerca dos seus atos alegadamente irregulares".
O processo lançado pelos democratas e classificado por Trump no Twitter de "lixo de caça às bruxas" trata-se de uma aposta arriscada, difícil de passar no Senado, controlado pelos republicanos e onde precisaria de uma maioria de dois terços para confirmar uma destituição.