Presidente Donald Trump tinha prometido fazer regressar os soldados aos EUA, mas algumas tropas estão a rumar à parte ocidental do Iraque para ajudar a deter o ressurgimento do Daesh
Entre pedras e assobios, a coluna militar com tropas americanas que passou, esta segunda-feira, pela cidade fronteiriça de Qamishli, no nordeste da Síria, rumo ao Iraque, não escapou à fúria popular.
Aqui, como em outras localidades, a população curda manifestou a revolta contra a decisão de Donald Trump de retirar as tropas americanas no terreno.
A manobra polémica do presidente dos EUA abriu caminho a uma ofensiva turca contra as milícias curdas, até então aliadas dos EUA no combate ao autodenominado Estado Islâmico.
Ancara alega que precisa de criar uma zona de segurança para se proteger da ameaça terrorista. E o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, voltou a defender a operação. Durante uma conferência em Istambul disse que o Ocidente - NATO e União Europeia incluídas - passou para o lado dos terroristas.
Durante o fim de semana, testemunharam-se explosões e disparos na fronteira entre a Turquia e a Síria, mas o cessar-fogo de cinco dias parece estar a ser cumprido. Termina esta terça-feira e no lado sírio da fronteira os soldados aguardam para perceber qual será o próximo passo do presidente turco. Erdoğan vai reunir-se com o presidente russo, Vladimir Putin, em Sochi, e a questão Síria consta da agenda.