Erdoğan fala em "acordo histórico" para patrulhar nordeste da Síria

Erdoğan fala em "acordo histórico" para patrulhar nordeste da Síria
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De  Euronews
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Presidente turco esteve reunido com o homólogo russo em Sochi. Acordo substitui cessar-fogo

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O presidente turco falou num "acordo histórico" alcançado com o homólogo russo em Sochi.

Recep Tayyip Erdoğan e Vladimir Putin anunciaram um entendimento para criar uma zona de segurança no nordeste da Síria.

As forças russas começarão esta quarta-feira a patrulhar uma faixa de 10 quilómetros de largura na Síria ao longo da fronteira com a Turquia.

"A partir do meio-dia (hora local) de 23 de outubro, os terroristas da milícia curda das Unidades de Proteção Popular (YPG) e as respetivas armas serão afastados. As respetivas posições serão destruídas. Ao fim de 150 horas, as patrulhas turcas e russas entrarão no lado sírio da fronteira turco-síria, na área leste e oeste da Operação Fonte de Paz, para facilitar a retirada de elementos das Unidades de Proteção popular e respetivas armas", sublinhou o chefe de Estado turco.

O acordo foi alcançado ao fim de seis horas de discussão com os respetivos ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países.

"Como resultado de um trabalho longo e intensivo conseguimos chegar às decisões, que serão detalhadas e muito importantes, para não dizer decisivas, permitindo resolver esta crise aguda na fronteira turco-síria", referiu o presidente russo.

As patrulhas pretendem, em teoria, facilitar a saída das milícias curdas e o desarmamento numa zona com 30 quilómetros de largura.

De acordo com a televisão estatal russa, a base aérea síria de Al-Tabqa, na província de Raqqa, reabriu esta terça-feira com os primeiros helicópteros russos a aterrar na pista destruída.

A 14 de outubro, o Exército sírio assumiu o controlo do aeroporto pela primeira vez desde 2014, na sequência de um acordo com os curdos, que procuraram proteção da ofensiva turca no rescaldo da retirada das tropas americanas no terreno.

O aeroporto foi destruído pelo autodenominado Estado Islâmico, antes de ser libertado juntamente pelas forças da coligação americana. Mas tarde foi usado como base militar dos EUA.

Aliado de Moscovo, o presidente Sírio tem-se mostrado determinado em resistir à Turquia visitando tropas sírias em Idlib. Bashar al-Assad disse que Erdogan é um ladrão e que está a roubar o território.

Enquanto isso, do lado curdo, enterram-se vítimas.

Grupos de direitos humanos dizem que cerca de 250 combatentes curdos e 200 turcos morreram no conflito juntamente com 120 civis. A Turquia fala na morte de 750 terroristas e diz que não há vítimas civis.

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