Padre argentino acusado de pedofilia comete suicídio

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De  Patricia Tavares
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O padre estava envolvido num caso de abuso sexual de menores. O suicídio acontece numa altura em que o Papa Francisco decidiu eliminar o segredo papal.

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O sacerdote Eduardo Lorenzo suicidou-se. O padre argentino estava envolvido num caso de abuso sexual de menores. Pôs fim à vida com um tiro no coração, na noite de segunda-feira, na sede da Caritas de La Plata, em Buenos Aires.

O suicídio aconteceu horas depois de ficar a saber que tinha sido emitido um mandado de prisão contra ele. A justiça argentina começou a investigar este padre há mais de 10 anos depois de uma denúncia, mas o mandado de prisão só se concretizou este ano - altura em que várias vítimas e testemunhas dos abusos vieram à luz.

María Belén Bartoli, irmã de uma das alegadas vítimas, manifesta a sua indignação relativamente ao desfecho do caso dizendo que a "responsabilidade é da Igreja e da justiça":"A responsabilidade pelo suicídio de Lorenzo é do arcebispo (Victor Manuel)" Tucho" Fernandez, da procuradora Ana Medina, que teve o caso nas mãos durante 11 anos sem nunca fazer justiça, e o juíz (...) Responsabilizamos a igreja e os tribunais e reforçamos que as únicas vítimas são as crianças - que tiveram a coragem e a valentia de denunciar este pedófilo".

O arcebispo de La Plata emitiu uma declaração na qual diz: "Depois da morte do nosso irmão Eduardo Lorenzo, que tirou a própria vida após longos meses de grande tensão e sofrimento, só nos podemos unir em oração por ele, para que o Deus o receba no amor infinito".

O caso de suicídio do padre Eduardo Lorenzo acontece numa altura em que o Papa Francisco decidiu eliminar o segredo papal, para que o silêncio não dificulte investigações sobre crimes sexuais dentro da Igreja Católica.

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