Maioria republicana no Senado promete lealdade ao presidente e as sondagens indicam também uma maioria contrária à destituição.
O processo de destituição de Donald Trump está agora no Senado americano. Depois de aprovada a acusação ao presidente pela maioria democrata na Câmara dos Representantes, a decisão deve ser travada pela maioria republicana na câmara alta.
O líder do partido no Senado, Mitch McConnel, já tranquilizou hoje Donald Trump sobre o futuro na presidência, com uma garantia de união do partido e duras críticas ao processo conduzido pelo Partido Democrata na câmara baixa do congresso.
"Na noite passada, os democratas da Câmara finalmente fizeram o que tinham decidido fazer há muito tempo: votaram a destituição do presidente Trump. Nas últimas doze semanas, os democratas do Congresso conduziram o inquérito de destituição mais apressado, mais incompleto e mais injusto da história moderna", frisou.
No entanto, as críticas do líder da maioria republicana no Senado não perturbaram a líder da maioria democrata na Câmara dos Representantes. Para Nancy Pelosi, McConnel e Trump são duas faces da mesma moeda.
"Ouvi um pouco do que Mitch McConnell disse hoje. E isso fez-me lembrar de que os nossos fundadores, quando escreveram a Constituição, suspeitavam que poderia haver um presidente desonesto. Mas não acho que suspeitassem que poderíamos ter um presidente desonesto e um líder desonesto no Senado ao mesmo tempo", sublinhou.
Apesar de se ter tornado o terceiro presidente alvo de um 'impeachment' na história dos Estados Unidos, Donald Trump prossegue a sua campanha para as eleições de 2020, com mais um comício, desta feita realizado no estado do Michigan.
E as sondagens mais recentes parecem estar ao lado do presidente, como a que foi revelada esta quinta-feira pelo centro Ipsos para a Reuters, na qual uma maioria de 46% dos americanos veio defender que Trump não deve ser afastado do cargo, enquanto apenas 42% apoiam a destituição.