França cria unidades para localizar casos de Covid-19

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Nas primeiras duas semanas, foram feitas 1.000 chamadas com uma média de 3 "casos de contacto" para cada caso positivo de Covid-19.

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França criou unidades do Seguro de Saúde Público para investigar e localizar os casos de Covid-19. O objetivo é evitar uma segunda vaga, agora que as restrições foram levantadas.

Lionel Trarieux é um dos 200 conselheiros e a sua missão consiste em contactar os infetados e todas as pessoas com quem estiveram em contacto durante as 48 horas que antecederam o aparecimento dos sintomas.

"Definiremos com eles se estiveram em contacto com uma pessoa infetada, se estavam a respeitar o distanciamento social quando estiveram em contacto com o paciente 0. Se houver um risco, considerá-los-emos como casos de contacto, dir-lhes-emos para fazerem o teste o mais rapidamente possível".

Este sistema foi instaurado para evitar novos surtos numa altura em que as autoridades começam a aliviar as restrições de isolamento.

Nas primeiras duas semanas, foram feitas 1.000 chamadas com uma média de 3 "casos de contacto" para cada caso positivo de Covid-19.

"Temos conselheiros do seguro de saúde e referências médicas com médicos e enfermeiros, o que é muito importante para responder a todas as perguntas dos pacientes", informa a diretora da Plataforma Covid-19, da região do Ródano, Johanne André.

Uma das questões que este sistema poderia levantar, seria sobre a confidencialidade. De acordo com o Seguro de Saúde, os dados transmitidos são apenas acessíveis por estas unidades especiais, médicos e farmácias. Os dados serão destruídos depois de três meses.

O vice-diretor do Seguro Público de Saúde da região do Ródano afirma: "Já não estamos num confinamento geral, agora o objetivo é detetar, rapidamente, as pessoas que correm o risco de serem infetadas e isolá-las, por isso isolamos todas as pessoas que têm sintomas ou que estiveram em contacto com pessoas que tiveram resultados positivos nos testes. Tentamos fazê-lo o mais rapidamente possível".

O médico de clínica geral está na origem destas investigações. É ele que avisa a unidade especial quando um paciente desenvolve sintomas. É este relacionamento que assegura aos pacientes que os seus dados estão a ser bem tratados numa altura em que aumentam as preocupações com a privacidade das aplicações de rastreio.

"A ligação de confiança com os médicos de clínica geral já existe há muito tempo. Os estudos comprovam-no. Penso que a crise acentua isso", afirma o médico Michel Till.

A crise da Covid-19 pode ter aumentado as preocupações com a privacidade, como sublinha o repórter da euronews Guillaume Petit.

"Tal como em outros países europeus, França desenvolveu uma aplicação. Os utilizadores, que foram infetados pela Covid-19, podem alertar as pessoas com quem têm estado em contacto. O Parlamento francês deu o seu aval na quarta-feira, mas esta aplicação tem um limite: a sua utilização é voluntária, o que põe em causa a sua eficácia a longo prazo".

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