Lituânia, Letónia e Polónia prontas a mediar a crise na Bielorrússia, mas será preciso definir primeiro quem da oposição deverá participar na mediação
A Lituânia, a Letónia e a Polónia estão prontas para servirem de mediadoras, de forma a encontrar uma solução para a crise na Bielorrússia. Para isso, exigem que as autoridades de Minsk deixem de usar a força, libertem os detidos e retomem o diálogo com a sociedade civil.
Mas, como disse o chefe da diplomacia lituana à Euronews decidir quem vai participar na mediação já não é fácil.
"Falou da oposição mas é preciso perceber que este é um fenómeno caótico, descentralizado, muito difícil de seguir ou perceber quem é o líder. Mesmo Svetlana (Tikhanovskaya), que está agora na Lituânia, tornou-se líder da oposição mas nunca foi uma política, é uma mulher que surgiu de forma acidental com uma grande popularidade", disse Linas Linkevičiu.
As diferentes forças, designadas como oposição bielorrussa, continuam a apelar a uma reação e condenação internacional como faz Veronika Tsepkalo, mulher de um candidato presidencial: "A nossa esperança é que a comunidade internacional não reconheça Lukashenko como presidente. Não foi eleito pelo povo, não pode representar a República da Bielorrússia na arena internacional. A única presidente eleita é Svetlana Tikhanovskaya. Pedimos à comunidade internacional que condene Lukashenko ao esquecimento."
A única do triunvirato feminino das líderes da oposição, que ainda permanece na Bielorrússia, é Maria Kolesnikova, que garantiu à repórter da Euronews, em Minsk, que não tenciona sair: "Eu não me vou embora. Sinto um grande apoio do povo bielorrusso. As pessoas que me encontram na rua aplaudem-me, abraçam-me e eu abraço-as também. Sei que juntos podemos mudar a Bielorrússia para melhor.