Trump culpa "políticos de extrema-esquerda" pelos tumultos de Kenosha

Trump culpa "políticos de extrema-esquerda" pelos tumultos de Kenosha
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De  Ricardo Figueira
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Na visita à cidade do Wisconsin, o presidente assumiu o discurso de negação do racismo e da violência policial.

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Foi uma visita incómoda, a do presidente norte-americano Donald Trump à cidade de Kenosha, no Wisconsin, palco de tumultos raciais desde há cerca de uma semana. Trump prosseguiu a visita apesar da recomendação contrária do governador do Estado. Aponta a culpa dos tumultos ao que chama terrorismo interno.

"Não nos querem cá e depois a destruição acontece. Se nos tivessem chamado um dia antes, teríamos salvado a vossa loja. Os governadores e presidentes de câmara têm de nos chamar. Quanto mais cedo chamam, mais cedo o governo federal intervém e acaba com os problemas", disse Trump, dirigindo-se a populares.

Apesar de manifestações, quer de apoio quer de repúdio à presença de Trump, a visita do presidente decorreu sem atos de violência. Os tumultos começaram quando um jovem negro foi baleado nas costas pela polícia e tiveram o momento mais grave quando um adolescente baleou mortalmente dois manifestantes com uma arma de guerra. Trump centrou a visita na defesa das forças da ordem e na negação do racismo e da violência policial.

"Para parar a violência política, temos de confrontar a ideologia radical que a inclui. Os políticos irresponsáveis de extrema-esquerda continuam a fazer passar esta mensagem destrutiva de que o nosso país e as nossas forças de ordem são opressoras ou racistas. Dizem o que querem. Na verdade, devemos dar mais apoio às nossas forças de segurança", frisou Trump.

Os políticos irresponsáveis de extrema-esquerda continuam a fazer passar esta mensagem destrutiva de que o nosso país e as nossas forças de ordem são opressoras ou racistas.
Donald Trump
Presidente dos EUA

Trump defendeu o adolescente que matou os dois manifestantes, ao dizer que agiu em legítima defesa.

Quanto ao jovem baleado pela polícia, Jacob Blake, Trump ponderou um telefonema aos pais, mas decidiu em contrário quando a família de Blake disse que queria a presença de um advogado. Esta visita serviu para Trump se afirmar, com vista às eleições de novembro, como o candidato da lei e ordem.

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