Grécia apela aos parceiros europeus em disputa com a Turquia

Navio Oruç Reis
Navio Oruç Reis Direitos de autor Burhan Ozbilici/AP
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De  Ricardo Figueira com LUSA
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O envio de um navio de medições sísmicas para o Mediterrâneo Oriental é a mais recente provocação de Ancara.

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A mais recente provocação da Turquia para com a Grécia chama-se Oruç Reis e é um navio de medição da atividade sísmica que chegou às àguas do Mediterrâneo Oriental disputadas com a Grécia. O governo de Atenas, que classifica a manobra de Ancara como uma perigosa escalada, vira-se para os parceiros europeus: O primeiro-ministro Kiriakos Mitsotakis reuniu-se com o chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas. Portugal mostrou também apoio à Grécia, nomeadamente na questão dos migrantes, na visita a Portugal do ministro da defesa Nikolaos Panagiotopoulos.

Os dois ministros assinaram um acordo bilateral de cooperação no campo da defesa, que inclui a cooperação entre indústrias da área.

Em declarações aos jornalistas após a reunião, João Gomes Cravinho revelou que este acordo aborda “um conjunto de preocupações partilhadas” entre os países, “seja em matéria de ameaças regionais, seja em matéria de oportunidades para, por exemplo, as indústrias de defesa trabalharem em conjunto”.

O ministro grego revelou também que o acordo inclui a organização de fóruns de negócios de empresas da área da defesa, tanto em Lisboa como na capital grega, Atenas.

“Matérias que vão desde a nossa participação em projetos no âmbito da cooperação estruturada e permanente [PESCO, na sigla em inglês], a nossa pertença comum à NATO, que está também numa fase de grande evolução”, acrescentou o ministro português.

Questionado sobre a temática das migrações, que afeta particularmente o território grego, o ministro reforçou que o governo português continua empenhado em trabalhar com a Grécia “e com outros parceiros europeus” numa “problemática que é de todos”.

“Países como a Grécia que estão na linha da frente por razões de ordem geográfica e que estão a receber números muito elevados de migrantes que não conseguem absorver, é justo, é correto que sejam redistribuídos. E Portugal tem essa disponibilidade”, sublinhou.

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