Críticos do golpe de estado não desistem dos protestos.
Os críticos do golpe de estado em Myanmar não desistem. As manifestações intensificaram-se e espalharam-se por várias zonas do país. As marchas são pacíficas, mas há um sentimento latente de revolta em relação aos militares - que agora estabeleceram um toque de recolher obrigatório para evitar protestos nalgumas cidades.
No primeiro discurso à nação depois de tomar o poder, o general Min Aung Laing, o agora chefe militar do país, culpou os políticos por o terem obrigado a levar a cabo o golpe de Estado. Afirma ter apelado à comissão eleitoral e a todas as entidades competentes para colocarem um fim ao que considera ter sido uma fraude eleitoral nas eleições de novembro. Por último, disse que vai construir um sistema democrático disciplinado e multipartidário.
A polícia usou canhões de água na capital, Naypidó, nesta segunda-feira. Os manifestantes estiveram presentes em força em campanhas cada vez mais organizadas. Até agora, aproximadamente, 170 pessoas foram detidas, a maioria parte do lado dos apoiantes de Aung San Suu Kyi. As reuniões estão atualmente limitadas a grupos de cinco ou menos pessoas nalgumas das zonas com maior densidade populacional.
O golpe também gerou protestos entre os expatriados. Em Bangkok, centenas de pessoas manifestaram-se em frente da embaixada de Myanmar para condenar a ação militar que derrubou a chefe do governo Aung San Suu Kyi.