Terceira noite de protestos e violência em Espanha

Terceira noite de protestos e violência em Espanha
Direitos de autor Emilio Morenatti/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved
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De  Nara Madeira com AP, AFP
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Terceira noite de manifestações e violência em Espanha pela libertação do rapper Pablo Hasél. Há 80 detenções desde o início dos protestos.

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Oitenta detenções em três noites de protestos em Espanha pela libertação do rapper Pablo Hasél. As manifestações ocorreram em várias cidades mas as situações mais tensas foram em Madrid e Barcelona, mas também Valência. A polícia, das duas primeiras cidades diz que grande parte dos manifestantes eram pacíficos. A violência foi gerada por pequenos grupos.

Hasél foi condenado por um tribunal por insultar a monarquia espanhola e glorificar o terrorismo. Muitos questionam a decisão.

Um advogado, Borja Serra, que se juntou ao protesto explica que "se algumas das atrocidades de que se fala aconteceram então será necessário agir. Mas cantar, falar, explicar, escrever, isso nunca pode ser condenado, porque estaremos num repressão, um problema que não nos leva a lugar nenhum".

Já uma estudante, Laura, afirma que "sem distúrbios nada se consegue" e acrescenta, indiganada: "Ouve-se sempre dizer que o mobiliário urbano é mais importante do que uma opinião. Nós manifestamo-nos pelas nossas liberdades e um contentor não é mais importante do que uma vida, isso não faz muito sentido".

Para Hasél a batalha nos tribunais não terminou. Autoridades judiciais catalãs confirmou mais uma pena, desta vez dois anos e meio, por obstrução à justiça e agressão, em 2017.

Na altura o rapper acusava a Guarda Urbana de Lleida, nas redes sociais, de comprar uma "falsa testemunha para depor contra um colega que foi brutalmente espancado".

O partido Unidas Podemos apresentou, na quinta-feira, uma petição para um "perdão total''não só deste cantor mas de um outro rapper Valtonyc, que fugiu para a Bélgica, em 2018, para evitar ser julgado. Está também acusado dar magnitude ao terrorismo.

O próprio governo de Pedro Sánchez diz pretende rever o Código Penal para que este tipo de condenações, penas de prisão para casos como este, passem a não poder ser permitidas.

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