Joe Biden critica permissão "neandertal" de tirar a máscara

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De  Francisco Marques com Associated Press
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Alguns estados, como o Texas ou o Mississipi, decidiram reverter algumas restrições e reabrir a economia apesar dos alertas do Presidente e do agravamento da epidemia nos Estados Unidos

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Os Estados Unidos pretendem acelerar o processo de vacinação contra a Covid-19 e colocar um travão à escalada de mortes e novos contágios que lhes continuam a reforçar o trágico título de país mais afetado pela pandemia em todo o mundo.

Há alguns estados aparentemente indiferentes à crise e já a avançar para o desconfinamento, o que mereceu uma forte reprimenda do Presidente Joe Biden.

Após as 2.608 mortes e as 63.816 novas infeções anunciadas quarta-feira, os Estados Unidos somam agora 28,8 milhões de casos, incluindo já 519.054 fatalidades ligadas ao SARS-CoV-2.

O Centro de Defesa e Controlo de Doenças (CDC) realça o agravamento da crise sanitária nos Estados Unidos calculando a média móvel do número de novos casos, que, num período de sete dias, aumentou esta quarta-feira 3,5%, face aos números registados até uma semana antes.

Numa decisão aparentemente indiferente aos recentes números da epidemia e à consequente preocupação da nova Administração da Casa Branca, alguns governadores estatais decidiram reverter as restrições em vigor para conter este coronavírus, como, por exemplo, a obrigação do uso de máscara.

Aconteceu no Texas e no Mississipi, onde também os restaurantes e até os concertos poderão voltar ao ativo a 100% em breve. As decisões unilaterais desses governadores motivaram uma reação forte do Presidente Joe Biden.

"Penso tratar-se de um grande erro. Esperava que todos já tivessem percebido por esta altura que as máscaras fazem diferença. (...) A última coisa que precisamos agora é um neandertal pensar que entretanto tudo já está bem e a dizer às pessoas para tirarem a máscara. Esqueçam. Ainda é importante!", alertou o novo chefe da Casa Branca, há pouco mais de um mês no cargo.

Em linha com os desejos do Presidente de acelerar a vacinação e a imunização da população, a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA, na sigla original) abriu mais quatro centros de vacinação na Florida.

Na Califórnia, agora o estado com mais mortos no quadro da epidemia (52.847), à frente de Nova Iorque (47.935), o governo decidiu canalizar 40% das novas vacinas recebidas para as comunidades mais desfavorecidas.

Para apoiar a recente parceria entre dois tradicionais concorrentes americanos no ramo farmacêutico, Joe Biden vai recorrer ao Ato de Produção de Defesa, uma lei de 1950 para ajudar a Merck a obter os artigos e equipamentos necessários e também ao Departamento de Defesa para reforçar o esforço de produção da Johnson & Johnson, a fabricante da última vacina certificada nos Estados Unidos.

Outras fontes • New York Times

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