Bulgária decreta confinamento nacional e França reconfina por um mês parte do território
A Organização Mundial de Saúde (OMS) está "particularmente preocupada" com a evolução da pandemia de Covid-19 nos Balcãs e na Europa Central.
Em plena terceira vaga, a Hungria continua a bater recordes diários no número de mortos e novos casos.
Como em vários outros países europeus, a situação é cada vez mais crítica nas unidades de cuidados intensivos dos hospitais. Em território húngaro, há perto de mil e duzentos pacientes em assistência respiratória, enquanto na vizinha Sérvia, repete-se o mesmo cenário há duas semanas: face às unidades hospitalares sobrelotadas, as autoridades continuam a transferir pacientes para zonas do país menos afetadas.
Hans Kluge, diretor da OMS para a Europa:"É na Europa Central, nos Balcãs e nos países bálticos onde o número de casos, hospitalizações e mortes estão entre os mais elevados do mundo."
Também face a um forte aumento no número de infeções, as autoridades sanitárias na Bulgária anunciaram um confinamento nacional que prevê o fecho de escolas, restaurantes, locais culturais e centros comerciais durante pelo menos 10 dias.
Em França, o primeiro-ministro Jean Castex anunciou esta quinta-feira um reconfinamento para uma parte do território onde o número de casos por 100.000 habitantes é mais elevado.
No total, cerca de 21 milhões de franceses - perto de um terço da população - são afetados, em 16 departamentos, incluindo a região da grande Paris.
Apesar da situação em Espanha parecer atualmente estabilizada, a OMS avisou que, tal como o resto dos países europeus, não deve relaxar as medidas anti-Covid, face ao risco de uma nova aceleração no número de casos.