Grupo anglo-sueco só entregou um terço das doses prometidas à UE, durante este trimestre.
Ultrapassadas, na maioria dos países, as dúvidas sobre a vacina anti-Covid da AstraZeneca, os governos europeus tentam agora recuperar o tempo perdido. França, que chegou a ser dos países mais atrasados em termos de avanço do processo de vacinação, passou já à velocidade superior e planeia, para breve, a abertura de um mega-centro de vacinação em pleno Stade de France, em Paris, à semelhança do que já acontece em Marselha, onde o estádio Vélodrome acolhe um destes centros.
A presidente da Comissão Europeia lançou, entretanto, uma ameaça à AstraZeneca, em resposta à entrega de vacinas abaixo das encomendas. Numa entrevista ao grupo alemão Funke, Von der Leyen disse que a UE tem a possibilidade de bloquear as exportações, por isso o grupo anglo-sueco tinha de cumprir as obrigações para com a União Europeia antes de exportar para outros países.
Estima-se que a AstraZeneca tenha entregado aos países da UE cerca de 30 milhões de doses de vacinas durante o primeiro trimestre deste ano, um terço das 90 milhões de doses prometidas.