Apesar do aumento na eficácia de produção, as alterações climáticas colocam em causa o futuro da produção de arroz em Portugal
As alterações climáticas não poupam ninguém e Portugal será um dos países mais afetados na Europa. O último relatório da ONU não deixa margem para dúvidas e se quem tem poder de decisão, tarda em definir medidas concretas, quem tem poder de ação há muito que se viu forçado a adaptar.
Os produtores de arroz portugueses são um exemplo e para fazer face à falta de água, um problema crescente e que veio para ficar, aumentaram consideravelmente a eficácia de produção.
Carlos Amaral, Presidente da Associação de Orizicultores de Portugal, sublinha que "há 30 anos gastava-se 12 ou 13 mil metros cúbicos (de água) por hectare para produzir arroz" e "hoje em algumas zonas conseguimos fazer isso com nove".
Também em cima da mesa está a investigação de sementes de arroz que necessitem de menos água para produzir a mesma quantidade de arroz. A escassez de água ameaça seriamente o setor em Portugal e obrigou mesmo alguns produtores a parar nos últimos três anos, ponderando o abandono da atividade. Ironicamente, o consumo de arroz em Portugal até tem vindo a aumentar...