A empresa europeia que constroi os foguetes espaciais Ariane vai suprimir 600 postos de trabalho, nas unidades de produção da França e da Alemanha
A contagem decrescente dos foguetes do Ariane 6 vai ouvir-se menos vezes do que os precedentes. É por isso que o ArianeGroup prevê reduzir 600 postos de trabalho em França e na Alemanha até ao final de 2022.
As perspetivas são de sete lançamentos por ano, menos 30% do que no projeto iniciado em 2014, e a empresa diz-se obrigada a reduzir os custos.
Por outro lado, o projeto Ariane debate-se com a feroz concorrência do SpaceX americano e dos seus lançadores reutilizáveis.
A direção fala de um "plano de adaptação da mão-de-obra", assegurando que tudo é feito para reafetar os trabalhadores a outros postos nas duas empresas do grupo, Airbus e Safran.
Os sindicatos, que temem mais anúncios desta natureza, dizem que os cortes nos postos de trabalho não se justificam.
O ArianeGroup alcançou um volume de negócios de 2,5 mil milhões de euros em 2020 e prepara-se para lançar em 2022 o Ariane 6.
Um acordo franco-alemão conseguido em julho prevê que a Agência Espacial Europeia (ESA) - da qual os dois países são os principais contribuintes - forneça um financiamento suplementar de 140 milhões de euros anuais, para garantir a viabilidade económica do Ariane 6.