Guerra de gangues em prisão acaba com 116 mortos

Familiares aguardam notícias de dentro da prisão Litoral, em Guayaquil
Familiares aguardam notícias de dentro da prisão Litoral, em Guayaquil Direitos de autor AP Photo / Angel DeJesus
De  Francisco Marques
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Perante o agravar da luta pelo controlo das penitenciárias no Equador, Presidente Guillermo Lasso declara estado de exceção e mobiliza os militares

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Pelo menos 116 mortos e cerca de 80 feridos foi o balanço oficial anunciado pelo Presidente do Equador em relação à batalha de gangues de terça-feira na Penitenciária do Litoral, em Guayaquil.

Perante aquele que está a ser descrito como o pior massacre jamais ocorrido nas penitenciarias do país, Guillermo Lasso declarou um estado de exceção para permitir que as Forças armadas possam atuar dentro das prisões.

A medida, explicou o Presidente, tem por objetivo "coordenar todas as ações que permitam ao estado equatoriano,através da força pública e com absoluta firmeza, recuperar o controlo da penitenciária Litoral".

Guillermo Lasso pretende também "evitar que estes atos se repitam noutros centros penitenciários do Equador."

O controlo por organizações criminosas de penitenciárias no Equador, de acordo com o jornal La Hora, é dividido por seis grupos, pelo menos alguns dependentes de cartéis de droga do México.

Os motins entre grupos rivais têm sido uma constante no Equador e este ano o número de vítimas já superou os balanços de 2020 e 2019 neste tipo de crimes.

Na quarta-feira, os familiares das vítimas deste último motim aguardavam notícias e a confirmação dos mortes foi um momento de emoções fortes para quem recebeu as piores notícias.

Todas as vítimas mortais seriam reclusos, garantiram as autoridades, e pelo menos seis terão sido decapitados.

Outras fontes • La Hora, El Comercio

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