Xiitas pedem proteção ao governo talibã

Funerais das vítimas da mesquita de Gozar-e-Sayed Abad, em Kunduz, no Afeganistão
Funerais das vítimas da mesquita de Gozar-e-Sayed Abad, em Kunduz, no Afeganistão Direitos de autor Abdullah Sahil/AP
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De  Teresa Bizarro com AP, AFP
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Daesh em guerra com movimentos xiita e talibã, mas no rescaldo do último atentado no Afeganistão, Cabul recusa combater extremismo ao lado dos Estados Unidos

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Centenas e pessoas juntaram-se em Kunduz para o funeral das vítimas do ataque desta sexta-feira numa das mesquitas da cidade no norte do Afeganistão. Pelo menos 55 pessoas morreram no atentado com um bombista suicida reivindicado entretanto pelo Daesh.

Os sobreviventes esperam que este ataque desencadeie mais proteção governamental. Ahmad Jamshid, familiar de uma das vítimas, pede ao executivo de Cabul que tome "atenção especial à segurança de todos os locais de culto, especialmente mesquitas xiitas", por paertencerem a uma minoria. Nas suas palavras, esta não foi a primeira e "não será a última tragédia" do género em território afegão.

O atentado de sexta-feira foi o mais recente de uma série de bombardeamentos e tiroteios do Daesh contra o governo talibã do Afeganistão. Na nota de rivindicação o daesh diz querer punir praticante xiita e as forças talibã pela alegada expulsão de uigurs para satisfazer exigências da China.

Apesar do inimigo ser comum, o governo talibã recusou publicamente este sábado cooperar com os Estados Unidos para conter grupos extremistas no Afeganistão.

Altos funcionários afegãos e representantes dos EUA encontram-se este fim de semana em Doha, capital do Qatar. A agenda inclui o abrigo de grupos extremistas e a retirada de cidadãos estrangeiros e afegãos do país.

O porta-voz político talibã Suhail Shaheen disse à The Associated Press que não haveria qualquer cooperação com Washington no sentido de ir atrás da filial do Daesh no Afeganistão. "Somos capazes de enfrentar Daesh independentemente", afirmou Shaheen.

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