Confrontos no porto de Trieste por causa do passe sanitário

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Os trabalhadores do porto de Trieste, em Itália, e a polícia envolveram-se em confrontos, durante os protestos contra passe sanitário obrigatório

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Os trabalhadores do porto de Trieste, em Itália, envolveram-se em confrontos com a polícia, na manhã desta segunda-feira, durante os protestos contra o passe sanitário - Green Pass - para acesso ao local de trabalho.

A polícia utilizou gás lacrimogéneo para dispersar a multidão. Os trabalhadores tencionam manter o porto bloqueado até quarta-feira e ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado.

A obrigatoriedade do passe sanitário para todos os trabalhadores tem provocado protestos em toda a Itália. No sábado, milhares de pessoas protestaram nas ruas das principais cidades, depois de a apresentação do passe sanitário se ter tornado obrigatória, na véspera.

Desde sexta-feira, qualquer pessoa apanhada no local de trabalho sem um Green Pass arrisca uma multa entre 600 e 1.500 euros, enquanto os empregadores podem ser multados entre 400 e 1.000 euros se não efetuarem os controlos.

O governo afirma que a medida é necessária para evitar um novo bloqueio da economia, mas os sindicatos falam de injustiça porque quem não tem certificado tem de pagar testes para poder trabalhar.

Mais de 85% dos italianos com mais de 12 anos receberam pelo menos uma vacina, qualificando-se assim para o passe, mas estima-se que até três milhões de trabalhadores não tenham sido vacinados.

Segundo os sindicatos, alguns são contra as vacinas, alguns têm medo, enquanto outros - trabalhadores indocumentados e estrangeiros, nomeadamente - relataram dificuldades no acesso ao programa de vacinas a nível nacional.

Segundo as autoridades, a procura de vacinas tem aumentado nas últimas semanas.

A terceira maior economia da zona euro deverá registar um crescimento de quase seis por cento este ano, após uma recessão devastadora induzida pela Covid-19 e o governo não quer que haja interferência nesta previsão.

O lobby empresarial Confindustria tem estado entre os mais firmes apoiantes da medida, que se segue a uma iniciativa semelhante adotada na Grécia no mês passado.

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