Violência contra mulheres é flagelo na Guiné-Bissau

Adolescente grávida na Guiné-Bissau
Adolescente grávida na Guiné-Bissau   -  Direitos de autor  Rebecca Blackwell/AP
De  Ricardo Figueira  com LUSA

Estudo feito em quatro regiões diz que duas em cada três inquiridas já foram vítimas de agressões.

No dia mundial pela erradicação da violência contra as mulheres, é publicado um relatório que dá a conhecer uma situação preocupante na Guiné-Bissau: Duas em cada três mulheres (67%) no universo de cerca de mil inquiridas em quatro regiões do país já foram, pelo menos uma vez na vida, vítimas de algum tipo de violência por parte de homens e que essas agressões não foram, na esmagadora maioria, denunciadas à justiça.

Outra situação que este relatório denuncia é a dos casamentos forçados. A grande maioria respondeu ter sido obrigada a casar pela família. 60% foram submetidas à mutilação genital feminina, apesar de esta prática ser considerada crime público desde há dez anos. Um quinto das inquiridas diz considerar que esta é uma boa prática.

O estudo deixou de fora a capital e concentrou-se nas regiões de Gabu e Bafatá, no leste, e Quinara e Tombali, no sul.

Notícias relacionadas