França cancela presença de Priti Patel em reunião sobre migrantes

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Direitos de autor Rafael Yaghobzadeh/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Patricia Tavares
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Conflito diplomático sobre questão dos migrantes. Londres pede a Paris que restabeleça o convite à ministra britânica.

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Foi feito um apelo em forma de cântico ao governo britânico, para que sejam criadas rotas seguras para os migrantes. Um protesto em Londres, após o naufrágio ao largo da costa francesa que provocou a morte de 27 migrantes que tentavam atravessar o Canal da Mancha.

Em resposta a uma carta do Primeiro-ministro britânico dirigida a França, o Ministro do Interior do país, Gérald Darmanin, cancelou a presença da homóloga britânica, Priti Patel, numa reunião marcada para domingo sobre os migrantes.

Boris Johnson não coloca a questão de criar uma passagem segura e organizada e pediu ao presidente de França, Emmanuel Macron, que estabeleça um acordo bilateral que lhe permita devolver todos os migrantes que chegam ilegalmente às costas britânicas, para território francês.

Numa mensagem enviada a Patel, Darmanin disse que se a carta de Johnson a Macron era uma "desilusão", o facto de ele ter tornado a carta pública era "ainda pior" - Patel deixa de fazer parte dos convidados e Londres pede a Paris que restabeleça o convite à ministra britânica.

França considera a "carta pública do Primeiro-Ministro britânico inaceitável e contrária às discussões entre homólogos".

E para muitos migrantes que têm laços familiares ou sabem falar inglês, o Reino Unido continua a ser um destino de eleição e as recentes mortes nas tentativas de travessia não os fazem mudar de ideias. Um migrante vindo da Libéria, que chegou a Calais há uma semana diz que: É difícil e doloroso saber que um amigo ou colega morreu no mar, mas não podem parar de tentar porque querem alcançar o seu objetivo.

Na cidade costeira francesa de Calais, aproximadamente 200 pessoas participaram numa vigília em homenagem aos 27 migrantes que morreram no naufrágio e de todos os outros que já perderam a vida nas travessias.

A política de migração tem de mudar, disse uma das residentes de Calais. "Acrescentando que a muita tristeza, também se junta muita raiva, porque claramente as mortes de ontem poderiam ter sido evitadas. Falando também das mortes dos últimos anos. Visto que esta situação já dura há trinta anos em Calais. Que não é a primeira vez e não será a última que acontece - enquanto não houver mudanças nas políticas de migração.

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