Lixo espacial preocupa astrónomos

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De  Bruno Sousa
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Explosão do turismo espacial em 2021 e proliferação de satélites privados leva os académicos a pedir regulamentação

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Longe vai o tempo em que a corrida ao espaço era ditada pelos interesses geopolíticos das superpotências. Em 2021 a corrida foi liderada por multimilionários à procura de um novo brinquedo. Richard Branson foi o pioneiro, Elon Musk e Jeff Bezos seguiram-lhe os passos, cada um no seu próprio foguetão.

O turismo espacial começa a ser uma realidade demasiado presente e para os astrónomos, é preciso regulamentar o setor.

Francisco Diego é um investigador no departamento de Física e Astronomia da University College London (UCL) e explica que "tudo isto está a acontecer com muita liberdade e pessoas como Elon Musk estão a enviar milhares de satélites sem qualquer restrição. Há um tratado das Nações Unidas para o espaço, que remonta à missão Apollo, no século passado, mas que nunca foi implementado. Precisa de ser atualizado e precisa de ser respeitado. Tem de ser cumprido e ter força de lei."

A 11 de dezembro, foi batido um recorde com um total de 19 pessoas no espaço durante breves minutos. Há ainda espaço para muitas mais, mas o perigo está à espreita.

O académico sublinha que "estes milhares de satélites são de certa forma lixo espacial. Estão ativos e são úteis mas são detritos perigosos... a Estação Espacial Internacional esteve recentemente em perigo devido a alguns testes russos. Os chineses causaram problemas semelhantes e agora foi a Estação Espacial Chinesa que esteve em risco de colisão com um dos satélites de Elon Musk e precisaram de efetuar uma manobra evasiva. É preciso criar regras, estamos apenas a começar e isto vai crescer de forma incontrolável."

A conquista da lua está no horizonte, à semelhança do que aconteceu na primeira corrida ao espaço, mas os recursos dos multimilionários ainda não chegam a tanto. A NASA prepara um regresso mas já anunciou que não voltará a colocar uma pessoa na lua antes de 2025.

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