Emmanuel Macron quer Europa unida na questão ucraniana

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Direitos de autor Tobias Schwarz/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
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De  Bruno Sousa
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Presidente francês sublinha importância de manter as negociações em aberto mas admite que a Europa tem de estar preparada para tudo

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A Europa tem sentido dificuldades para encontrar consenso na resposta à tensão que se vive na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia mas precisa de falar a uma só voz para ser parte ativa na resolução do problema.

Na sequência de um encontro com Olaf Scholz, Emmanuel Macron anunciou que iria falar esta sexta-feira com Vladimir Putin e admitiu que a Europa tinha de estar preparada para tudo:

Estamos a preparar em paralelo uma reação comum e uma resposta em caso de agressão. Se houver uma agressão, haverá uma retaliação e o custo será bastante elevado.
Emmanuel Macron
Presidente de França

Ainda assim o presidente francês sublinhou a importância de manter as negociações em aberto. Já o chanceler alemão explicou porque não ajuda militarmente a Ucrânia:

"Nos últimos anos, o governo alemão tem mantido a decisão de não enviar armas letais para zonas de conflito. Há motivos para esta decisão, justificados pelos acontecimentos de anos e décadas recentes. No entanto, nos últimos anos também fizemos grandes esforços para apoiar o desenvolvimento da economia e da democracia na Ucrânia, dentro das nossas possibilidades financeiras e no âmbito das nossas responsabilidades internacionais."

A Rússia insiste que não pretende realizar uma ofensiva militar mas aconselha a NATO a afastar-se das suas fronteira e lamenta que o diálogo tenha chegado a um impasse.

O Kremlin fez saber, através do porta-voz Dmitry Peskov, que "de momento, as negociações entre Estados Unidos e Rússia estão concluídas. Antes de percebermos quando e como deverão prosseguir, precisamos de uma resposta por escrito dos Estados Unidos. Esperamos recebê-la esta semana. O que vemos por enquanto do lado norte-americano é uma escalada na tensão. Falámos muito sobre isso ontem e nada mudou. Assistimos a estas ações dos Estados Unidos com grande preocupação."

Por enquanto a guerra ainda não passou das palavras para as trincheiras. Na linha da frente, milhares de soldados de parte a parte aguardam que alguém decida o seu destino.

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