Voluntários são uma peça chave na resistência do país
Desde o início da invasão russa, mais 270 mil toneladas de ajuda humanitária foram entregues à Ucrânia.
Aos setenta anos, Oleksandra Pertivna não podia imaginar que iria ter de recorrer a este género de apoio para poder alimentar os netos, de um e seis anos. "Nós não saímos da cidade, ficámos aqui e vamos sobrevivendo onde for possível. Recebemos ajuda humanitária e graças a Deus não temos fome. Por agora estamos bem, esperamos o melhor", disse à Euronews esta residente de Borodyanka.
E é numa situação semelhante que se encontram quase todos os habitantes desta cidade, uma das mais devastadas durante a ocupação russa. Mas a ajuda não vem apenas de fora do país. Dentro da Ucrânia há toda uma corrente de apoio para quem tem mais necessidade.
É o caso de uma padaria nos arredores de Kiev, onde parte do espaço da produção foi cedido a voluntários para poderem fazer pão. Roman Tereshenko conta que ali são feitos os verdadeiros "palyanits'ya", o pão tradicional ucraniano. “Fazemos pão para os hospitais, para os militares, para as pessoas que não podem pagar e para os pensionistas. Estamos constantemente à procura daqueles que podem precisar”, explica este voluntário. Roman pensou muito sobre a forma de ajudar o país. Lembra que todos procuraram formas de serem úteis e fazem o melhor que podem neste momento.
A fazer centenas de pães por dia, os voluntários desta padaria garantem que também estão prontos para lutar até ao final desta guerra.